Capítulo 47 - Volta Linda!

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Na manhã do dia do resgate, Linda amanheceu no meu quarto com Clarie, agora tenho vigias, exigência do meu pai, Christian e eu só poderemos dormir juntos após o casamento. Minha irmã foi para a piscina com Clarent, eles não sabem que vamos resgatar nossa mãe. Não colocarei meus irmãos em perigo, são muito pequenos. Linda se ofereceu para ir conosco e toda a ajuda será necessária, minha mãe e minha avó estão em um galpão próximo ao Q.G. que o FBI e tio Charles montaram perto daqui, desconfiam que estamos nele, nem imaginam onde estamos. Linda e eu conversamos, antes de sairmos, protegeremos nossas memórias do dia do resgate até nossa saída daqui, não podem achar nosso Q.G. familiar. Linda está me contando como está se sentindo feliz aqui conosco.

- Vocês são como uma família para mim. Nunca fui tão feliz Anna! E ... – Linda começa a falar, mas para. Sei do que ela quer falar, do que sente pelo meu tio gatão.

- Eu o beijei. Anna me desculpe ele é seu tio, mas o que sinto por ele é intenso. Não ligo se ele é 25 anos mais velho que eu. Charles é um príncipe, o meu príncipe. Tenho dezenove anos, meu tio usou um registro falso para que eu ficasse por tutela dele durante mais tempo. Sei o que eu quero, e é trabalhar e namorar o Charles, assim como eu ele sempre foi um homem solitário. Você aprova? – Linda me fala e sorrio.

- Claro que sim, soube disso no momento em que você entrou no nosso carro. Você é uma moça maravilhosa, meu tio não poderia encontrar melhor. – falo e sinto uma pontada de medo. Me controlo, não quero transparecer isso para Linda.

Depois de conversarmos bastante no quarto, descemos para tomar café. Christian vai conosco dessa vez, ele poderá ter um colapso nervoso se não for, e isso eu não quero. Dr. Flynn o liberou das terapias, Christian é um novo homem, agora será apenas monitorado como nós. Tomamos café todos juntos e foi difícil convencer os gêmeos a ficarem no hotel protegidos, eles sentem o que vamos fazer. Ainda sinto uma pontada de medo, algo vai acontecer, já sei o que é, mas vou fazer de tudo para que essa visão do futuro não aconteça. No horário de colocar o plano em pratica, entramos nos carros, meu pai, Christian e eu em um, tio Charles e linda em outro e mais um nos acompanhando com os seguranças. Entraremos disfarçados como antes, mas dessa vez em cinco seguranças que protegem o Q.G. deles, o restante está por Seattle e pelo mundo nos procurando. Não imaginam que ainda estamos aqui, bem do lado deles, segundo o que vi pela visão da Margareth acham que iríamos demorar muito para acha-los. Seguimos nosso caminho para trocar de carros chegamos em três e saímos em cinco. Serei uma faxineira, o horário de limpar o quarto da minha mãe é daqui a pouco. Meu pai vai com Christian logo atrás para carregarem minha mãe. Tio Charles e Linda vão buscar minha avó Anastácia, com a ajuda de um segurança do FBI, mas não sabe que estará disfarçado, ensinei a linda como fazer, apenas meu disfarce é de uma mulher velha, os outros são todos homens e seguranças.

- Nunca na vida me imaginei sendo homem, está sendo uma revelação. – Linda fala sorrindo, disfarçada de um homem alto e moreno, olhos verdes como ela. Meu pai e Christian são gêmeos, tio Charles e o policial do FBI são dois loiros. Todos altos, muito altos.

Sou a primeira a entrar, a hora da rendição dos seguranças é daqui a dez minutos, todos foram pegos pelo FBI, nós tomaremos os seus lugares. Nos informaram que dos cinco, dois conseguiram se matar com o tal dente ácido. Já estou cansada de ver tanta gente morrendo! Sigo o meu caminho e a portaria me libera para entrar, pego os utensílios para a limpeza, e finjo trocar de roupa. Meu coração começa a bater forte, respiro fundo e me controlo, posso colocar tudo a perder se me descontrolar. Subo uma escada em um corredor e vou direto ao quarto da minha mãe. Antes de entrar, respiro fundo várias vezes, para que não sintam a minha emoção. A vida delas e a nossa incluindo a do meu filho estão em jogo. Minha mãe dorme, está magra muito magra, da porta a vejo cercada por aparelhos. Manipulo a câmera, para terem a imagem de que a sala está sendo limpa. Entro de vez e fecho a porta, começo a tirar o soro, aparelhos ligados ao seu peito. As pernas dela estão muito finas, hematomas espalhados pelo corpo, mas não há ferimentos apodrecidos, como imaginei. Realmente minha mãe tinha razão, ela mesmo nesse estado está bem. Engulo em seco, tenho que ser firme agora, afago seus cabelos, para arrumar. Daqui a pouco tempo matarei a saudade dela e conhecerei a minha avó. Meu pai me dá sinal de que está assumindo o posto do segurança e assinto. Coloco a imagem nas câmeras deles dois parados na porta, Meu pai e Christian sobem em silencio, vejo a porta sendo aberta.

- Papai ela precisa de um sobretudo. – meu pai não olha muito para a minha mãe, para não perder a concentração. Christian acha um lençol grande e terá que servir para cobrir ela. Concordamos de Christian levar minha mãe nos braços, para evitar a emoção. Tão leve como está até eu poderia carrega-la. Exagero! Descemos as escadas e saímos pela porta, avisamos tio Charles que dá sinal de que já está com a sua mãe. Tio Charles tomou calmante para poder vir, ele quase nos entregou da última vez. Os vemos de longe e andamos devagar, temos dois minutos para sair.

Olho para Linda que fica ao meu lado, deixamos os outros irem na frente com as duas em seu colo, irei fechar a porta de acesso do material de limpeza. Linda sorri para mim e mentalmente fala que deu tudo certo. Ela não deveria fazer isso agora, mesmo o sentimento de felicidade pode nos denunciar, mas estamos muito perto de sair. Vejo tio Charles entrando no carro com minha avó, aparentemente dopada. Christian é o próximo a entrar com minha mãe no colo, meu pais faz sinal para irmos logo. Quando estamos chegando perto da porta para sair, ouço linda pronunciar um nome que não deveria.

- Albert? – droga, ela não deveria!

- Linda vamos agora! – falo a ela mentalmente. Não olho para trás, sei bem que esse bandido está chegando perto de nós, puxo Linda pelo braço, mas parece estática. Faço o corpo dela se mover com a minha mente, mas Albert nota a real presença dela.

- A boa filha a casa torna! Onde esteve? – bloqueio à mente de Linda, Albert não me viu. Vejo três segurança entrando no corredor, perto da porta de saída. Sinto meu corpo ser levitado e a porta se abre sozinha, quem está fazendo isso. Linda fica parada encarando Albert, mas que situação, logo agora!

- Linda! – grito mentalmente, estou perdendo o controle. Minha visão se revelou como realidade.

- Filha vamos, teremos que busca-la depois não coloque todos em risco. Linda errou, se deixou levar pela emoção de raiva, prometo que vamos salvá-la. Eles não irão machuca-la, é a única vidente em mãos que eles tem agora. – minha mãe me fala mentalmente. Sou colocada dentro do carro que segue em movimento sem Linda dentro. Perdemos uma, como deixei isso acontecer?

Cinquenta Tons de EvidênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora