Epílogo

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E u queria agradecer o carinho de cada um, a Telma, Tatty, Cris e todas as outras! E o apoio de cada uma! Começarei a postar a nova fic hoje, Segredos. Os personagens de cinquenta tons serão só Anna e Christian, os outros não serão acrescentados. Grande Abraço e beijo!

Abro os olhos lentamente, não sei onde estou! Meu corpo está todo molhado, está escuro muito escuro, começo a sentir meus braços e mãos, a primeira coisa que faço é colocar a mão na minha barriga e Teddy se meche. Graças a Deus! Olho em volta, estou em uma caverna e parte do meu corpo submerso na água salgada do mar. Viro de lado para me levantar, sinto certas dores na parte de baixo da minha barriga. Tento em levantar, preciso me aquecer, para o frio não atingir o meu filho. Viro de lado e consigo me levantar, tem sangue no meu braço. Tiro um pedaço do meu vestido e amarro. Meu corpo dói um pouco, começo a me lembrar, cai de um penhasco, mas mentalizei algo e vim parar aqui. Como? O importante é que estou bem e meu filho também! Preciso sair daqui, não consigo mentalizar nada, sinto muitas dores de cabeça, quando me levanto. Minhas costas doem! Algo quente desce entre as minhas pernas, quando me levanto. A bolsa estourou! O que faço agora? Quando vão me achar! Sinto o osso perto da minha coluna doer muito. Me toco, estou dilatando, deve ter disso pelo impacto. Não escuto Teddy! Tento falar com ele, mas não consigo mentalizar nada, minha cabeça dói muito. Não tenho tempo para nada, melhor fazer o que vi no Youtube, parto humanizado, mas não previ que seria sozinha. O que faço! Dor e pensar não combinam! Grito por socorro! Mas a única coisa que escuto foi o eco do meu próprio grito. O frio me faz sentir mais cólicas forte!

- Filho somos só nós! – falo e não escuto meu filho, é estranho.

Me deito e apoio os cotovelos na areia, sentei em cima da minha própria blusa, não tenho nada para oferecer ao meu filho, sinto mais jatos de líquido quente. Abro mais as pernas e começo a fazer força, nem sei o que estou fazendo direito, mas é algo natural do meu corpo e minha mente. Sinto que vou rachar ao meio, mas mantenho a minha concentração e empurro mais, sinto Teddy se deslocar na minha barriga, para baixo. Me levanto mais um pouco, lembro de um nascimento de uma índia que vi na TV. Me levanto e fico agachada, em cima do pano para não sujar o meu filho de areia. Sinto a cabeça dele começar a sair e me sinto sendo rasgada. Seguro em uma pedra a minha frente e faço mais força. Sai a cabeça dele e muito sangue, empurro mais forte e o aparo com uma mão, empurro mais e o corpinho dele sai todo. O seguro com as duas mãos, como as índias coloco ele de cabeça para baixo e o deixo chorar, ele chora, já chega né? Pego ele no colo e me sento, me sento encostando minha cabeça na pedra.

- Oi filho! – Teddy começa a acalmar o choro e chupa o dedinho. Sorrio para ele, me lembro do cordão umbilical. São dois nós, um perto da barriga do bebê e outro perto de mim. Com uma mão faço os nós. Mas cortar com os dentes, vai ser nojento. Vejo uma lasca de pedra, vai servir. Começo a cortar o nó perto do cordão do Teddy. Aperto para não vazar nada do meu filho. Aperto mais o nó perto de mim e corto. Teddy começa a chorar, meu seio lateja, retiro meu seio e dou para ele. Abro mais as minhas pernas e começo a puxar devagar o cordão que ainda ficou em mim. Sai muito sangue, puxo mais e sinto a placenta! Puxo mais um pouco, e a retiro rodando como vi no vídeo. Sorrio ao lembrar de Christian sair do meu lado vendo a cena, enjoado. Mas agora eu não posso nem pensar em ter nojo, preciso limpar isso. A placenta sai inteira, com a minha calcinha eu faço pressão para sair o restante do sangue, levanto um pouco mais, vejo a água salgada, vai ajudar, pego a minha blusa suja de areia e sangue e com Teddy em outro braço, começo a me limpar, ele mama forte para um recém-nascido. Depois de me limpar e colocar a placenta na pedra, molho minha blusa novamente e coloco a blusa na minha perna para esquentar antes de passar em Teddy. Depois de limpá-lo de leve, embalo ele dentro do meu vestido, para aquecer melhor. Consigo agora mentalizar a cura corporal, mentalizo minhas dores e começo a curá-las. As dores vão parando, meu vestido cumprido escondo meus pés para esquentar, mesmo com a roupa molhada. Quando estou melhorando, começo a ouvir sons desesperados na minha cabeça. Minha mãe, Christian, meu pai, minha avó, os gêmeos, Linda e tio Charles.

Cinquenta Tons de EvidênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora