Capítulo 11

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Dica da autora: Leiam escutando a música, my darlings!

Lily

A palavra sai de sua boca e tudo parece parar. Aquilo não podia ser verdade. Tinha que ser apenas uma brincadeira de muito mau gosto.

Rio.

— Você está brincando, não é, doutor?– digo sorrindo, mas o meu sorriso se desmancha aos poucos, dando lugar a lágrimas e dor.— Por favor, me diz que não é verdade!– suplico.

— Eu sinto muito!– ele suspira.

— O que foi?– pergunto percebendo seu incômodo.

— Bom...– ele passa as mãos pelos cabelos grisalhos.— Não tenho uma outra boa notícia.

— Diga...

— Se sua mãe tivesse descoberto a doença antes nós poderíamos salvá-la.

— Co-como assim?– sibilo.

— O que eu quero dizer é que a doença já está avançada. Podemos sim fazer todos os tratamentos possíveis, mas ela pode vir a falecer.

— Não, por favor...– soluço, sentindo meu coração doer.

— Eu sinto muito, senhorita Johnson.

— Eu quero que façam o tratamento. Eu irei pagar por tudo.

— Tem certeza? Sabe que não é certo que ela irá se recuperar.

— Tenho! Só... Só salva a minha mãe!

— Tudo bem! Quero que assine aqui...– me entrega uma prancheta.— Todos os custos do tratamento estão aí

Leio atentamente. Não posso negar que os custos eram muito altos, mas eu faria de tudo para que minha mãe não me deixasse.

Minhas mãos estavam trêmulas e as palmas suando frio. Assino e entrego ao senhor que me observava com certa tristeza no olhar.

— Já vamos começar o tratamento!– assinto e saio de sua sala, sendo acompanhada por ele.

Quando ele se afasta, permito que meu corpo deslize pela parede pálida e fria do hospital.

Eu estava tão cansada.

Deixo que meu rosto seja molhado mais uma vez pelas lágrimas, sentindo o desespero me preencher.

— Lily?· Rebeca se aproxima de mim.— O que foi? O que o médico disse?– pergunta aflita.

— Eu-eu vou perdê-la! Minha mãe...– choro em seus braços.— Está com leucemia.– soluço.

— O quê?– ela balbucia e vejo lágrimas escorrerem de seus olhos.— Vai dar tudo certo. Ela pode fazer os tratamentos.

— Você não entende! A doença já está avançada!– ela se senta ao meu lado e suspira.— Mesmo que ela faça o tratamento, não é provável que ela sobreviva.

— Ela vai fazer o tratamento e quanto aos custos, não se preocupe, vou te ajudar.

— Não...

— Lily!– me repreende.— Sem discussão!– acaricia meus cabelos.

Logo Henry também se aproxima e nos abraça.

(...)

Depois de algumas horas,o médico disse que minha mãe já havia sido levada apara um quarto e que poderíamos visitá-la.

Rebeca ainda estava no hospital comigo e Henry teve que ir embora por conta do trabalho, mesmo relutante. Os Collins também haviam ido, mas prometeram que viriam vê-la.

Meu Querido DelegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora