Capítulo 19

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Lily

A quem eu estou querendo enganar?

Eu me apaixonei... Eu me apaixonei por Damon Campbell!

Eu não tinha certeza do que sentia,até a noite anterior. O modo como ele foi cuidadoso, me deixou ainda mais... Encantada.

Abro meus olhos devagar, tentando me adaptar a luz que vinha da janela.  Abro um sorriso ao me lembrar da noite passada. Viro-me para o outro lado da cama, mas não o encontro ali.

Levanto e passo meus olhos pelo quarto, mas não havia nenhum sinal dele.

Visto minhas roupas que estavam jogadas pelo quarto, me fazendo ter a certeza que tudo fora real. Depois de ter vestido as roupas, entro no bannheiro e faço minha higiene matinal. Depois arrumo meu cabelo num coque mal feito e saio do quarto, descendo as escadas.

Paro ao vê-lo virado para a grande janela.

— Damon?– o chamo.

Ele não se vira, apenas abaixa a cabeça e solta um grande suspiro.

— Não devia ter acontecido...– franzo o cenho.

Ele estava arrependido?

— O quê?– murmuro.

— Deveríamos ter parado! Aquilo... Aquilo não podia acontecer.– ele finalmente se vira e me olha nos olhos.

— Damon...

— Pode ir pra casa! Pode tirar o dia livre.– ele se vira novamente para a janela.

Meus olhos ardem. Eu não estava acreditando naquilo. Eu havia me entregado à ele. Eu... Fecho os olhos com força.

Ele parecia gostar de mim. Sorrio de lado, tentando controlar as lágrimas. Na verdade, a culpa era minha. Devia ter o afastado, mas não... Eu dormi com ele. Mas nada pior do que ter entregado o meu coração a ele.

Subo as escadas e entro no meu quarto. Visto qualquer roupa minha que havia ali e saio dali o mais rápido possível.

Onde fui me meter?

Saio de sua casa e ando apressadamente para longe da mesma. Para longe dele.

Lágrimas correm por meu rosto e eu não as impeço.

(...)

— Eu vou matar aquele filho da puta!– Rebeca grita.— Eu não acredito nisso!

Eu havia contado tudo à Rebeca quando cheguei em casa. Eu precisava desabafar. Eu tinha me apaixonado por Damon e não sabia o que fazer. Estava mais perdida que agulha em um palheiro.

— Você não pode chorar por ele!–  segura minha mão.

— Eu sei!– sorrio de canto.— Eu só...– deixo uma lágrima escapar e a seco rapidamente.— Ele só queria me levar pra cama, não é?– a encaro.

— Não pense assim, Lily!– ela suspira.— Bom, vamos parar de pensar nele um pouco.

— Tentar...– murmuro.

— Por favor, Lily! Olha, você está de folga hoje, podemos fazer alguma coisa.– ela dá de ombros.

— Não sei se quero voltar para aquele emprego.– olho para o nada.

— Não pode deixar que ele faça isso!Ele não pode ver que te deixou assim.– dou de ombros.— Vamos assistir um filme? E que tal uma pipoca? E chocolate quente?– assinto.

— Pode ser!

— Ótimo!– ela beija minha testa e vai para a cozinha.

(...)

— Qualquer coisa é só me ligar!– Rebeca diz pegando sua bolsa.

— Pode deixar!– sorrio.

Ela suspira.

— Promete pra mim que não vai deixar esse delegado babaca de merda te fazer sofrer?

— Eu...

— Lily...

— Tudo bem!– a abraço.— Eu prometo!

— Bom mesmo! Pelo menos assim ele não perde o pequeno Damon.– rio.

— Até mais! Amo você!

— Eu sei!– ela me lança uma piscadela.— E eu também te amo. Até!– manda um beijo no ar e vai embora.

Fecho a porta e suspiro. Já eram oito da noite. Rebeca tinha ficado aqui o dia todo tentando me animar. Creio que se não fosse por ela, tinha chorado o dia inteiro.

Mas sinceramente? Eu não conseguia parar de pensar nele.

Suspiro.

Eu havia me decidido. Eu não voltaria mais para lá. Não queria ter que olhá-lo e lembrar da noite que passamos juntos. Iria ser humilhante.

Respiro fundo e decido tomar um banho. Depois de ter tomado, visto uma camisola de seda na cor azul e arrumo meu cabelo num coque.

Me jogo na cama, soltando um logo suspiro.

(...)

Ouço batidas frenéticas na porta e me levanto. Esfrego os olhos e olho as horas.

Meia noite? Quem poderia ser a essa hora?

Levanto da cama e antes pego um taco de basebol que era do meu pai. Ando com cuidado até a porta e a abro devagar.

Solto o taco de basebol ao ver Damon parado ali. Ele me encara.

— O que faz aqui?

— Lily...

Ele não diz mais nada, apenas me empurra para dentro da casa e me beija.

Eu não podia negar que amava os seus lábios quentes conta os meus, mas não esqueceria o que houvera hoje cedo. O empurro.

— Você está maluco?

— Lily...– ele passa as mãos pelos cabelos. — Me desculpe! Eu só quero...– tenta se aproximar, mas me afasto.

— Você é louco!– solto meus braços ao lado do meu corpo.— Eu não te entendo! Uma hora parece que me quer por perto e outra me trata com indiferença.

— Lily...

— Me diz o que você quer, Damon?– grito.— O que quer de mim?

— Eu quero você!–  aponta para mim.– Eu me apaixonei por você!– grita.

***

Editado e Revisado.

Meu Querido DelegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora