Capítulo 21

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Lily

— Não, Lily! Eu não vou conseguir!– Damon choraminga.

— Consegue sim! Onde está aquele delegado durão?– mordo o lábio tentando conter o riso.

— Não, não!– ele diz.— E pare de rir de mim!– diz emburrado.

— Não é o fim do mundo, Damon!– digo rindo.— Não acredito que sabe manusear uma arma de fogo, mas não andar de bicicleta!

— Cala boca!– ele tenta parecer indignado.— Eu vou tentar mais uma vez, se eu não conseguir, eu desisto!– ele diz e se posiciona na bicicleta.

Já fazia uma semana que estávamos juntos e sim, foi uma das melhores semanas da minha vida. Ele realmente mudou seu jeito babaca de ser e passou a ser mais atencioso e carinhoso.

Ele havia chegado mais cedo da delegacia, ainda estava entardecendo, então aproveitamos o tempo para nos divertirmos um pouco. Eu estava tentando ensiná-lo à andar de bicicleta e continuava sem reaultado algum, o que tornava suas tentativas de pedalar hilárias.

Ele pedala pelo jardim, mas logo a bicicleta se desequilibra e Damon cai no chão. Não aguento e caio na gargalhada. Minha barriga chega a doer de tanto rir, então me ajoelho na grama.

— Pare de rir!– ele rosna emburrado.

— M-meu D-deus!– rio.— Como você é horrível!– gargalho ainda mais.

— Você vai ver!– ele se aproxima de mim, mas sou mais rápida e me levanto, correndo pelo jardim.— Venha aqui!– ele grita.

— Não!– rio e corro em direção à casa.

— Lily!– antes que eu colocasse minhas mãos na maçaneta da porta de entrada, suas mãos rodeiam minha cintura.

— Não! Me larga!– rio.

— Te peguei!– sussurra e sinto os pelos do meu corpo se arrepiarem.

Ele vira meu corpo e toma meus lábios em um beijo caloroso. Uma de suas mãos saem da minha cintura e vão para minha coxa despida, dando um forte aperto. Arfo em resposta e sinto seu membro duro contra minha virilha.

Alguém pigarreia e nos separamos.

-— Senhor...– Lucinda esconde um sorriso.

— Diga, Lucinda!– Damon sorri.— Aconteceu algo?

— O senhor Borges mandou este convite da sua festa de aniversário.– ela lhe entrega um envelope branco com detalhes dourados.— Com licença!

— Espera! Eu vou te ajudar em algo na casa.

— Não é preciso, Lily!– ela sorri.

— Por quê, Lucinda?– faço uma cara de triste.

— Por que você é a namorada do chefe.– ela ri.

— Eu sou a mesma de sempre.– coloco as mãos na cintura.

— Eu sei, Lily!– ela sorri.

Damon ri e me puxa para ele.

— Não se preocupe, Lucinda!– ele sorri.— Ela é minha namorada, mas ela pode ajudar se ela quiser. Não consigo tirar essa ideia da cabeça dela.– beija minha testa.

— Tudo bem!– Lucinda fala.— Bom, estou fazendo torta de pêssego, pode me ajudar?– sorri.

— Sim!– digo animada e seguimos para a cozinha.

Desde o dia em que assumimos um relacionamento, Damon não permite que eu faça qualquer trabalho em sua casa e eu, claro, o desobedeço. Ele prometeu que tentaria achar outro emprego para mim e eu não constestei, afinal não queria ficar sem fazer nada.

— A torta está ótima, Lucinda!– digo saboreando um pedaço.

— Obrigada!– ela sorri largamente.— Com licença!– diz e sai da cozinha.

Olho para Damon, que ainda não havia tocado na fatia de sua torta. Ele parecia distante.

— Damon?– chamo e ele parece não me escutar.— Damon!

— Ah, me desculpe!

— Aconteceu alguma coisa?

— Não, nada!– ele sorri e me puxa para mais perto.— Apenas pensando besteira.– ele dá de ombros.

(...)

— Você está fodidamente linda!– Damon sorri e me puxa para seus braços, me beijando lentamente.

— Obrigada!– sorrio e entro mo carro.

— Preparada para a festa?– coloca o cinto.

— Não.– olho para minhas mãos.— Sabe que eu não pertrnço a esse mundo.

— Não diga isso!– ele sorri.— Bom, melhor irmos!– ele dá partida no carro.

Não demorou muito para que chegássemos ao salão de festas do grande empresário Borges. O lugar, obviamente, estava repleto de pessoas elegantes e poderosas. Olho mais uma vez para meu vestido.

Ele era azul escuro, com uma fenda no lado direito da minha perna. Um decote nas costas e alças finas. Olho no retrovisor so carro e meus cabelos parecem em ordem leves em cachos. Respiro fundo e sinto a mão de Damon em minha perna.

— Fique calma! Você está linda, como eu disse!– sorri.— Vamos?– assinto.

Ele sai do carro e dá a volta, abrindo meu lado da porta. Agradeço. Ele entrega as chaves para um manobrista e rodeia minha cintura com um braço.

— Calma!– ele sussurra.

Assinto e entramos no local. Como o esperado, o lugar estava esplêndido. A decoração nas cores branco, vermelho e dourado davam um ar de elegância. As luzes, a música calma tocada por uma pianista num palco, as incríveis janelas de onde se viam as luzes de Vancouver. Estava tudo maravilhoso!

— Olha, se não é o meu delegado favorito!– um homem rechonchudo se aproxima de nós.

— Olá, senhor Borges!– Damon sorri e abraça o homem.

— Sem formalidades, Damon!– ele me olha.— E quem seria a bela moça?

— Lily... Lily Johnson!– sorrio.

— É um prazer, senhorita!– ele beija minha mão estendida.

Sinto a mão de Damon intensificar seu aperto e contenho um riso.

Depois de algum tempo, o homem se despede e se afasta para cumprimentar os outros convidados.

— Qual o problema desses homens?– Damon resmunga.

— O que foi?

— Eu já disse que está linda, não é? Bom, não é só eu que acho isso.– ele revira os olhos e eu rio.

— Não seja bobo!– o beijo, puxando com os dentes seu lábio inferior.

— Lily...– ele repreende e eu rio.

(...)

Damon havia se afastado de mim um pouco, para falar com alguns conhecidos. Decidi então andar pelo salão. Havia por ali algumas pinturas antigas, o que chamara minha atenção. Me aproximo e as observo.

— Vejo que a senhorita aprecia obras de arte.– olho para trás e vejo um homem.

Ele tinha a pele morena e os cabelos grisalhos. Parecia ter mais de 40 anos. Sorrio fraco.

— Não sei nada sobre arte! Mas isso sim com toda certeza é uma bela pintura.– ele sorri.

Seria loucura dizer que seu sorriso me causou calafrios? Acho que sim! Bobeira!

— Toda razão, senhorita...

— Lily Johnson!– ele beija minha mão.

— Eu sou...

— Se afaste dela!– olhamos para Damon que tinha uma expressão indescritível.

***

Editado e Revisado.

Meu Querido DelegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora