Capítulo 5

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Ela o notou com atenção e se esforçou para manter a expressão neutra. O coração, no entanto, deixou de fingir e iniciou um galope em sua cavidade torácica.

— Como eu disse, embora você possa não estar completamente ciente, acredito que seja por isso que veio até aqui. Quero que saiba que não vou tolerar manipulação. No futuro, vou punir qualquer desafio. Vou punir sempre que pegar você em comportamentos impulsivos ou perigosos. Vou disciplina-la sempre que mentir para mim.

Nada poderia ter preparado Bella para o que ele tinha dito. A palavra punir tomava sentidos novos quando pronunciada pela voz grave e sexy de Edward...complexidades obscuras, proibidas e excitantes. Em parte estava chocada. Por outro lado, nada surpreendida.

Riu incrédula, embora o pânico aumentasse ao notar os modos calmos e serenos dele.

— Você está completamente maluco, ela soltou, escondendo o assombro.

Ele a observou com olhos baixos.

—Esses são meus termos. Já disse o que quero de você. Mas não permitirei que provoque o caos em minha vida se planeja morar em Chicago. Em primeiro lugar, não preciso do drama. Em segundo, não suportaria ser testemunha disso. Ela ficou sem ar ao ouvir a emoção em sua voz persuasiva. – Se sua mãe mimada e tarada foi fraca demais para ensinar você a se controlar, e seu pai muito absorto em si mesmo para se importar, alguém tem de fazer. Quando você entrou pela porta do restaurante hoje como se fosse a dona do lugar, você me tornou esse alguém.

Ele continuou, direto, ampliando a sensação surreal que enevoada o cérebro dela.

— Agora, abaixe a calça e se apoie na mesa.

Ele não pode estar falando sério. Queria dar palmadas nela? Edward Cullen?

— Você pode ir embora, se quiser, ele disse, não de um modo agressivo, quando notou que ela não se mexia, apenas o olhava, descrente. – Não vamos fazer nada a não ser que esteja completamente de acordo.

— Isso é chantagem, ela sussurrou.

— Não. Você não é minha empregada, Bella. Nunca ofereci um emprego a você. Nunca ofereci nada, a não ser esse relacionamento, que será guiado por minhas regras, e apenas por elas. Você forçou seu caminho até aqui. Não é chantagem ou assédio. É o que você necessita; o que acho que estava pedindo ao entrar aqui sem ser convidada. Se planeja ficar em Chicago, se for ficar na minha vida, não vou permitir que me manipule ou me desafie. Você vai receber a disciplina de que precisa e se eu perceber sua submissão, haverá prazer também. Se não concordar, a porta está ali.

Ela não se moveu. Não seria capaz.

Ele assentiu, entendo que ela tinha tomado sua decisão. Bella percebeu, atordoada, que tinha, de fato, se decidido. Ele se virou e seguiu até um antigo armário enorme. Abriu uma das portas, e ela espiou um aparelho de som caro. De repente, as notas ricas e penetrantes da "Quinta sinfonia", de Beethoven, preencheram o ar. Ela encarou Edward, embasbacada, quando ele voltou.

—Obedeça, ele disse, não sem certa simpatia.

Olhou uma vez para a porta e de volta para ele. A expressão no seu rosto era dura, mas ela viu algo nos olhos. Não gentileza, necessidade, mas compaixão...compreensão daquilo que pedia dela não era algo fácil, mas que pedira mesmo assim.

— Odeio você Edward Cullen, ela disse ao começar a desabotoar a calça, o som agudo de sua voz pouco acima do volume da música.

Ele assentiu uma vez, sem emoção. – Mas vai fazer o que eu mandar.

Ela abaixou a calça com um movimento rápido, como uma resposta desafiadora.

— Incline-se sobre a mesa, ele disse.

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