Submissa

Capítulo 6

Fechou as pálpebras, silenciando a conversa irritante consigo mesma dentro de sua cabeça.

O que acontecera no escritório de Edward era algo tão diferente para ela, tão poderoso, que a única maneira que conseguiu pensar para lidar com isso era ignorar. Ia seguir em frente com seu plano.

Edward admitiria seu desejo por ela, afinal. Não estava completamente desarmada.

Ela se lavou e saiu do banheiro, com o queixo levantado. Ele permanecia em pé, braços cruzados, claramente esperando pela volta dela. Abaixara o som em sua ausência. Ao estudá-la, os olhos faiscaram embaixo do cenho fechado.

- Você está bem?, ele perguntou baixinho.

- Sim, ela respondeu quase petulante, contente ao ouvir sua voz sair equilibrada. Deixe que ele pense que ela fora espancada dezenas de vezes, do mesmo modo que acreditava que ela tinha transado com metade dos homens de Paris. Não revelaria seu truque, denunciando sua vulnerabilidade. Não permitira que ele soubesse que tinha acabado de virar o mundo dela de pernas pro ar, nem que ela não tinha ideia de como isso tinha acontecido. - Já terminou de me manter na linha?

- Por enquanto.

- Ótimo. Podemos falar do meu emprego agora?

- Você não tem emprego, ele disse.

- Me deixa trabalhar aqui até conseguir outro chef. Você precisa de ajuda, Edward. Não pode fechar o restaurante sem previsão de reabri-lo. Pense em todo o dinheiro que perderia. Se você não se importa com isso, pense nos clientes que ficarão desapontados.

O maxilar dele doeu quando o destravou. Era incrível como Bella não notava seu corpo tremendo. Ele vibrava com tesão mal contido. Não queria ter uma conversa racional com Bella Swan; queria debruçá-la sobre a mesa e comê-la até que qualquer pensamento lógico em seu cérebro fosse incinerado pelo clímax glorioso e explosivo dentro dos recantos mais escondidos do corpo dela. Talvez ele não devesse ter punido Bella. A lembrança da coragem dela ao aceitar. A recordação de sua bunda inchada e rosada sem dúvida iria levá-lo à beira da loucura.

Não, ele tivera razão ao puni-la. Sabia disso em seu subconsciente.

- Vai seguir minhas instruções em relação ao seu trabalho sem responder e sem ser engraçadinha. Se não se comportar bem ou tentar me manipular, vai ter consequência. Não vou aguentar você me desafiando todos os dias. Se não concordar, não pode trabalhar aqui. Esses são meus termos. Você vai receber um salário até eu conseguir outro chef. Quando, e se, você começar o seu estágio oficial, seu salário e emprego aqui acabarão.

- Tenho dinheiro guardado o suficiente para me manter durante o estágio. Se me pagar até o começo do meu treinamento, posso me manter com o que tenho.

- Ok, vou pedir a Victória que traga seu formulário e marcar exames médicos para nós dois amanhã, ele avisou.

- Exames médicos?

- Sim, ele respondeu calmamente. - Nós dois precisamos saber se estamos seguros para o sexo. Eu sei que estou, mas quero garantir o mesmo para você. - Está tomando pílula?, ele perguntou sem cerimônia.

Ela assentiu.

- Bom. Enquanto isso...

- Sim, querido? , ela cutucou quando ele demorou a falar.

- Você é minha funcionária. Vamos manter distância um do outro, por enquanto.

- Mas isso não tem nada a ver com..

- Tem, ele afirmou, lançando um olhar desafiador. Lembra? Minhas regras? Vamos no meu ritmo, ou vai sentir as consequências. - Mais uma coisinha.