Mansão Krivell

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Não passa do que mais um dia parcialmente normal na mansão krivell, a exuberante casa com mais de quatro andares que abrigava: os cinco retardados de nariz empinado que faziam de tudo para manter a aparência do que não eram - assim pensava Rinny - . Os Krivell poderiam ter todo o dinheiro e influência do mundo, mas o que tinham no bolso lhes  faltavam em moral, Rinny não sabia se sentia desprezo ou pena deles.

De qualquer forma, ela teria que suportá-los por sabe lá quanto tempo, embora a casa pudesse guardar um exército, com tantos quartos que faltavam dedos nas mãos para contar, sem falar nas saletas e saletas, muitas das vezes até vazias e sem utilização, embora houvesse tanto espaço, os Krivell mantinham Rinny no subsolo, em uma espécie de porão onde só cabiam a cama e a comoda que ela usava para guardar seus objetos preciosos não tão preciosos, e claro, as roupas que ganhava da Srª Krivell, depois que a mesma não as queria mais, e aquelas que Lizandra Müller comprava para ela as escondidas, Rinny pagava com o que ganhava por fazer alguns serviços "secretos".

Ela realmente não entendia o porquê daquilo, a família de cinco pessoas poderia permitir que ela vivesse no padrão deles sem que lhes causasse custo algum, eles nem notariam. Mas ainda assim, faziam questão de puxar seu tapete de todas as formas possíveis. A casa era repleta de empregados, mas as Srª Krivell colocava Rinny para limpar, lavar e passar assim mesmo, "É para que você saiba cuidar da sua casa quando se casar" - dizia a Srª Krivell com aquele ar superior, "casar? Como posso me casar se mal troco uma palavra com alguém?  Não me permitem sair daqui nem por mais de duas horas", A garota não entendia de modo algum a linha de raciocínio da Srª Krivell, na verdade Rinny não tinha planos para se casar, mas estava pensando seriamente em fazer disso um pretexto para ir embora daquela casa, entretanto tinha aquele porém: com quem se casaria afinal?.

"Não posso contar com essa opção" pensou ela... Rinny pensava muito, já que o Sr. Krivell, fazia cara feia quando ela fazia menção em abrir a boca... Ok, ele sempre teve a cara feia naturalmente. E na verdade, para ela, falar não interessava, já que não era agradável conversar com nenhum dos krivell.

- Acho a sua casa show de bola. - Disse Lizandra Müller encantada quando passou pela entrada secreta das duas em baixo do muro que dá para o jardim, por mais que ela fosse ali à anos.

- O meu cativeiro você quis dizer... - Rinny responde com o ar escapando pela garganta como se estivesse bufando e rindo ao mesmo tempo enquanto estende a toalha no chão para que as duas possam se sentar.

- Não deixa de ser show de bola. Ah, eu trouxe bolo de chocolate.

Os olhos de Rinny brilharam ao ouvir o anúncio de Lizandra, bolo de chocolate nunca faltava na mansão, mas ela não tinha permissão para comer, então sua amiga secreta - que Rinny conheceu quando criança ao receber os jornais que a outra entregava - contrabandeava as regalias para ela.

- Liz, eu vou te amar para sempre. - Arfou grata, pegando a fatia grossa e cheia de cobertura. Lizandra não respondeu, não que isso fosse grande coisa, mas Rinny sabia que o silêncio súbito da parte da amiga, não era normal. - O que houve?

- Ele continua me culpando. - Respondeu deixando os ombros caírem, com preocupação na voz e tristeza no olhar.

- Não sei porque ele não culpa a mim... É mais fácil, moramos sob o mesmo teto não é?!

- Ele tem medo de você - Liz confessa com a sombra de um sorriso pairando em seu rosto, Rinny infla o peito encenando um  certo orgulho pelo feito, por mais que isso não fosse exatamente verídico. Ela sabia que era uma meia verdade, por dois motivos. Um: coisas estranhas aconteciam quando Rinny e Ben estavam no mesmo ambiente. Dois: ela ainda não sabia, mas existia um segundo motivo . - Por isso te evita - Liz aumenta o riso ao ouvir sua própria frase pensando em Ben amedrontado por causa de Rinny. - Quer saber, por mais que eu idealize meu futuro e família com ele...

Rinny Jay e a Armadura Do Príncipe Onde histórias criam vida. Descubra agora