A Carta do Castelo Azul

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Mas quem riu mesmo foi o tal Antíoco, Rinny estremeceu, se haviam sumido com o Sr. Krivell, imobilizado Berlyan, Ben seria apenas mais um...

Antes de concluir o pensamento raios de luz azuis se espalharam no escuro, um deles, ela viu de perto, pois desceu em sua direção. Atingindo-a em cheio, fechou os olhos, mas não a tempo de impedir que a luz alcançasse suas pupilas, Rinny sentiu uma corrente elétrica iniciar em seu peito e se espalhar pelo corpo. Os braços foram soltos e ela se segurou com as mãos.

- Alguém me ajuda... - Pediu com a voz falhando, estava com fortes queimações na lateral do corpo.

Passos ligeiros se afastavam. Com muxoxos que ela não entendia.

- O que fez com minha irmã... O senhor está bem?

- Ela acordará em instantes... E sim! Estou bem, apenas... Ah, não importa, estou ficando velho.. - Uma voz mansa falou,  Rinny pôde ouvir uma nota de humor no que dizia. - Desculpe intervir Ben, mas eles fariam picadinho de você. Não poderia me dar ao luxo de perder um dos meus mais hábeis guerreiros.

- Se o senhor sabia de tudo, por que não nos poupou esforços? Sei que era só estalar os dedos e Rinny estaria em casa. Por que não acabamos com isso e voltamos para a base? - Ben soltou tudo, irritado.

- Acalme-se Sr. Krivell... As coisas são como devem ser. Por falar nisso...

Rinny sentiu um movimento por parte da raiz a qual estava se agarrando, a mesma estava entrando para a terra. "Não... Não, por favor não". Seu medo aumentou quando sentiu a pedra que sustentava seu corpo deslizar.

- Me ajudem... Estou caindo. - Falou o mais alto que conseguia.

- Rinny... Rinny? - Ben voltou a realidade procurando no escuro onde a garota estava. - Cadê você? - Perguntou se aproximando das extremidades da cratera.

Rinny resmungou quando a pedra estava longe de seus pés e o peso do corpo recaia sobre seu ombro espremido.

- Aqui... - Conseguiu dizer se obrigando a não sentir o latejar tomando o braço, mas sua voz foi tão fraca que pensou "antes tivesse ficado calada"...

- Te peguei...- teve um dos punhos agarrado à segundos da queda. - Te peguei... -  Ela escutava ao sentir as mãos de Ben firmarem em seu antebraço. Sentiu um alívio tão grande, foi por um triz. - Me dá a outra mão.

Rinny até tentou erguer o braço.

- Não posso... Machuquei o ombro. Ta doendo... Sinto muito.

- Sinto muito... Sinto muito... Você está toda quebrada e ainda fica se desculpando.

- Eu ajudo. - Ambos ouviram Berlyan dizer. Rinny sentiu as mãos dela na sua, puxando-a. - Você é pesadinha... - Era realmente engraçado Berlyan apelar para uma brincadeira em uma hora dessas. Rinny se permitiu sorrir, fraca, mas com sinceridade.

Ben e Berlyan ergueram ela de uma vez para fora, até o tronco, Ben enlaçou seus braços pela cintura dela e a puxou para cima.

- Te peguei... - Assim que chegou ao chão plano, Rinny correu os olhos ao redor procurando o dono da voz calma, mas não havia ninguém além deles.

Berlyan ainda segurava sua mão, Rinny apertou a dela e lançou um sorriso gentil e grato para a garota, que retribuiu ambos os gestos.

- Seu braço está horrível... - falou o rapaz.

- Onde estão os homens que me pegaram?

- Onde papai está Ben? Temos que encontrá-lo.

- Estou aqui. - Disse o Sr. Krivell surgindo por detrás do tronco de uma das árvores.

Rinny Jay e a Armadura Do Príncipe Onde histórias criam vida. Descubra agora