Relatos do meu subconsciente

Para um amigo distante

        (Posso acabar postando textos por aqui, com mais frequência, espero que goste e comente) 

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         As horas engolidas por palavras, trouxeram a tona as desventuras do tempo. Mas se eu não precisar navegar entre memórias relativas e lembranças duvidosas da solidão, simplesmente vale a pena colocar para fora o que me enche por dentro. Nosso tempo em histórias compartilhadas, ditos inexperientes, e afirmações deformadas, ainda assim, se permitem valer a pena. Aos poucos amei minha vontade reluzente de te ver, de ter o que só a distância possuía. Aos poucos desabrochei meus pensamentos e abri logo depois o meu pobre coração gelado, para você. Aliancei minha necessidade a sua espontaneidade, aliei meu vazio ao seu preenchimento. Fiz por completo, o que ainda era apenas a primeira parte. Uma forma de costume novo simplesmente incerto, entretanto para mim, seria antecedente de eventos importantes que ainda acontecerão. Infelizmente o tempo definitivamente não é uma perfeita afirmação, é imprevisível, uma interrogação, folhas em branco, uma caixinha de surpresas e apenas Deus para medi-lo e determina-lo, e o que segue é uma sequência de rotinas, obrigações e esforços, corridas sem fundamento atrás de diversos acontecimentos momentâneos e infrutíferos, diferentes inícios calorosos e repetitivos seguimentos onde o calor não existe mais. Então por si só apenas digo que tudo que extraí lentamente e conscientemente de você, sem sua permissão ou seu conhecimento, pode ser apenas mais uma obra de arte sendo terminada para depois de emoldurada ser devidamente estampada nas paredes do meu íntimo, junto aos baús cheios de dúvidas nunca respondidas, e acumulados de outras lembranças de momentos que se foram. Prefiro poder guardar tudo que poder de cada expressão, cada palavra e cada olhar seu que por mim foi visto. Praticamente apaixonada pela hipótese de te encontrar outra vez, e de perder de vez o meu tempo com você, mesmo que seja passageiro.