Passado algum tempo depois, numa noite de dias úteis, falava com a minha namorada por mensagens no facebook por telemóvel mas deixei-me adormecer e provavelmente o telemóvel caiu e a minha mãe viu as minhas mensagens com ela e percebeu que eu era lésbica.
Quando acordei para ir para as aulas não via o meu telemóvel e então perguntei à minha mãe onde estava o telemóvel e ela respondeu que me dava depois das aulas e então notei que se passava algo estranho.
Quando a minha mãe chegou do trabalho falou das mensagens nem sabia o que responder e falámos sobre isso, mas nada se resolveu. A minha mãe tinha descoberto que era lésbica mas recusava a aceitar-me e principalmente respeitar-me.
O meu pai como é camionista chegou a casa uns dias depois sendo um domingo de abril. A minha mãe tinha contado o que se tinha passado, ele obrigou-me a entrar no facebook no computador, então depois de ter entrado fui logo para o meu quarto porque sabia que as coisas iriam piorar a partir dali e foi o que aconteceu.
O meu pai abriu a porta do meu quarto enquanto eu já dormia e começou a bater-me, mas bater mesmo como se fosse violência doméstica, tirou o cinto e bateu também com isso eu não parava de gritar e chorar desejando a morte. Consegui fugir do meu quarto, desci as escada e como a porta principal estava trancada saí pela porta da cozinha enquanto a minha mãe fumava um cigarro na rua, corri até não aguentar, descalça, e parei atrás de uma casa, passado algum tempo começou a chover e o meu pai saiu de casa a conduzir no carro à minha procura mas não me encontrou então voltei para casa para guardar o meu diário num lugar mais secreto.
Então a minha mãe reparou que eu já tinha entrado em casa e ligou para o meu pai a dizer que já estava em casa. Ele voltou para casa rapidamente e no entanto eu tranquei-me no quarto mas depois ele não parava de bater na porta com força e ele quase arrombava a porta decidi abrir. Ele bateu mais um pouco e comecei a tentar explicar que sendo lésbica é uma coisa normal, mas como os meus pais são uns grande homofóbicos e ignorantes começaram a rir da minha cara. Não conseguia dormir só queria morrer e ajudava mais a querer morrer era a morte da minha melhor amiga, pensei que deveria fazer também o mesmo pelo menos lá na morte já não sofria.
Após o que aconteceu percebi que os meus pais não eram aquelas pessoas que poderíamos tratar como melhores amigos, ou que poderíamos desabafar, mas sim aqueles que só estão comigo quando é para seu proveito.
No dia seguinte liguei à minha namorada pelo telemóvel de uma amiga minha e ela disse que queria acabar comigo porque a minha mãe tinha-a ameaçado. Eu tentei fazer de tudo para mostrar-lhe que tanta coisa não iria acontecer, mas não servia de nada, já não havia volta a dar. Tentei suicidar ao ponto de cortar-me, e agarrar numa faca para espetar-me mas só faltava uma palavra "coragem" algo que não tinha para o fazer.
As coisas acalmavam mas não muito, a Luana tinha agora um namorado, a minha mãe gozava comigo, o meu pai tinha vergonha de mim e era controlador com o que eu fazia e os meus avós preocupavam-se comigo.
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A proud of my heart is not a choice❤
No FicciónNesta história vou falar sobre a história da minha vida, bem principalmente vou falar das minhas razões ou problemas familiares. Tudo o que disser nesta história são fatos verídicos e nada será inventado talvez só o nome das pessoas. Espero que gost...