A impaciência é uma cadela.
Uma bela de uma cadela, diga-se de passagem.
Por mais que tente, não consigo parar de tremer minhas pernas. Para cima, para baixo.
Hideo estava a minha frente, tão inerte quanto eu ao nosso redor. Eram apenas nove quarenta da manhã, estávamos sentados em um restaurante perto do hotel, a nossa frente havia batatas fritas e dois copos de milk-shakes.
-Eu não acho que seja saudável comer isso logo pela manhã.
Hideo está encarando a comida como se ela fosse uma anomalia.
-Você está falando serio? Se formos pensar assim, não seria saudável comer em horário algum –digo sorrindo- Não me diga que você é do tipo de salada?
-Você está me estranhando? –ele me acusa- Olhe bem para mim Emi, eu definitivamente não sou do tipo que vive à base de salada.
-Bom nunca se sabe, você pode ingerir algum tipo de anabolizante. –brinco.
-Como logo essas batatas antes que eu te largue aqui. –ele diz jogando uma de suas batatas em minha direção.
-Mas que desperdício de comida! –eu pego a batata que caiu sobre a mesa- Regra dos cinco segundos, o que não mata, não engorda.
-Inacreditável - ele ri, quando eu coloco a batata na boca- Tem algo te incomodando, não tem? –Hideo me olha, e eu seguro seu olhar durante alguns segundos antes de desviar para a mesa. Hideo muda de água para o vinho em fração de segundos. Um sorriso pequeno cresce em meus lábios. –Vá direto ao ponto, Emi.
-Hideo... –eu murmuro, tomando um fôlego. Eu sinto minhas bochechas esquentarem, e involuntariamente eu começo a batucar meus dedos sobre a mesa.
-Tem algo haver sobre ontem a noite, não tem?
Eu fico em silêncio, como dentre tantas suposições ele acerta logo de primeira?
-Você e Mia beberam o suficiente para um coma alcoólico, e como esse não foi o caso, só posso afirmar que a uma lacuna em branco em sua memória. –sua voz soa seria, mas ele me abre um pequeno sorriso- Já aconteceu comigo, Emi.
Eu apenas rio, um sinal claro de nervosismo.
-Relaxa, não foi algo tão ruim. –Hideo tenta me acalmar, segurando minha mão sobre a mesa- Digamos que as mulheres da família Ziermann tem um gingado e tanto. –ele aperta minha mão- Foi uma apresentação que eu não vou esquecer tão cedo.
-O que?
-Você dançou para o irmão da Katherine –ele sorri de mim.
-Bennet? –eu sussurro. Oh, Oh. Eu deveria ter seguido o conselho dele de mais cedo e ter deixado esse assunto de lado. Eu sinto não apenas meu rosto esquentar, mas meu corpo inteiro. Eu apenas quero me enfiar em um buraco e nunca mais sair de lá. Eu dancei para Bennet. –Que tipo de dança? –eu sussurro com medo da resposta.
-O tipo de dança que Katherine ganhou.
Oh, Oh. Não.
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Hideo me deixou na porta do hotel, e antes de partir ele abriu o maior sorriso que eu já vi em seu rosto. Eu apenas lhe mostrei a língua, mas a verdade é que eu gostaria de mostrar meu singelo dedo do medo. Eu entro no hotel e subo direto para o meu andar.
O resto do dia passa rápido, eu não vejo qualquer membro da família Lafayette. O que de certa forma me alivia.
Mia gastou o dia todo rolando na cama de um lado para o outro, reclamando que sua cabeça não parava de martelar. Eu apenas sorria a cada palavra que ela falava. Ela estava tão confusa quanto eu, em relação à noite passada. E quando eu lhe contei o que havíamos feito, ela apenas riu.
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Lafayette. NO LIMITE DO SEU DESEJO
RomanceBennet se lembrava da menina, oras, como não se lembrar de uma beleza assim? Conhecera quando a mesma ainda estava em sua adolescência porem ele viu, ele viu o potencial de mulher que ela se tornaria. E cá estava, a prova viva de seu palpite. Emily...