Bennet

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Do carro eu consigo ver a figura de meu irmão parado na calçada. Encosto meu carro ao meio fio, e espero ele se dar conta que eu já cheguei. Christopher exigiu minha presença em um café da manhã, antes de nossa reunião com o agente de viagens. Espero pacientemente ele largar aquele celular, mas parece que algo o entretem  o bastante para que ele não se de conta das coisas ao seu redor.

-Eu não tenho a manhã inteira –é a primeira coisa que eu digo, quando abaixo completamente o vidro escuro. E era a verdade, eu não poderia gastar minha manhã em algum café da cidade. Eu havia planejado o meu dia, iria trabalhar o máximo possível pela manhã para poder tirar algumas horas livres pela tarde.

-Olá Bennet, estou muito bem e você? –o sarcasmo de Christopher algum dia ira o matar como um veneno, lento e doloroso. Sorrio com a ideia. Espero ele se ajeitar no banco, antes de encara-lo  –Ora, tratamento de silêncio agora? Nem um mísero bom dia?

-Você não merece tal atenção. –manobro o carro, e em segundos já estamos deslizando pelas ruas de Seattle.

-Ouch! –ele sorri- Eu chequei a sua agenda hoje, o que aconteceu com os horários depois do almoço? Você tem pelo menos três janelas.

-Intrometido. –balanço minha cabeça- Eu vou sair para almoçar, e isso pode tomar algum tempo. –eu espero que demore.

-Sinto cheiro de mulher na história... –ele me sacaneia- Quem é a vitima da vez?

-Emily.

-Emily? –ele me olha- A Ziemann? Emily Ziemann? A doce, pequena e gostosa Emi? –ergo uma sobrancelha, e encaro rapidamente meu irmão que está sorrindo de mim- Caramba quem diria! Acho que vou tentar algo com a Mia, assim podemos juntar as famílias de vez. Será que os gêmeos e o Alex aceitariam alguma de nossas primas? -ele está zombando. E eu não preciso encara-lo agora para saber que ele esta sorrindo de orelha a orelha.

-Se você não tem algo de útil para dizer, então não diga nada.

-Que péssimo humor! Como a Emi aguenta você?

Eu escondo um sorriso.

Emily Ziemann tem o melhor de mim.



Depois de três horas, com contratos assinados e as reservas dos hotéis feitas, estou livre para almoçar. São quase meio dia quando eu decido deixar a empresa. Meu carro estava estacionado ao meio fio, perto da entrada do Hotel. As pessoas passam a minha frente, algumas sorriem em minha direção outras acenam. Em sua maioria, param para me encarar. Frustrado com toda atenção, não demoro para pegar meus óculos escuros, pelo menos assim, não terei que de fato encarar alguém. Checo o relógio novamente, meio dia e vinte. A ideia de poder passar um tempo junto com Emily leva tudo de mim. A menina me cativa e me prende, ela é como uma droga que te faz viciar.

Meus pensamentos são interrompidos quando um par de pernas bem torneadas para a minha frente. Preto realmente contrasta com sua pele.

-Você esta maravilhosa. –elogio Emily. Seu corpo esta moldado em um vestido rodado preto com mangas, e com um decote profundo que para acima de seu umbigo. A renda preta cobre a parte desnuda, e deixa sua imaginação a mil.

-Obrigada. –ela sorri para mim, e se coloca nas pontas dos pés depositando um beijo em minha bochecha- Você também não está nada mal. Onde vamos comer?

-Você realmente veio só pela comida? –eu sorrio pegando em sua mão.

-Você sabe que sim –sua voz está divertida, e um sorriso brinca em seus lábios.

Lafayette. NO LIMITE DO SEU DESEJOOnde histórias criam vida. Descubra agora