25.

299 33 2
                                    

                  

Desde que começamos a nos encontrar escondido de todos, Bennet vinha reparando mais e mais em mim. Eu sabia que antes ele me olhava, mas agora seus olhos me percorriam de cima a baixo, me adorando. Trocávamos beijos escondidos como dois adolescentes, e sempre que podíamos estávamos nos tocando.

Esses pequenos momentos eram os pontos altos do meu dia.

Eu estava de frente ao espelho, me analisando. Eu havia pegado uma cor durante nossa estadia em Bahamas. Estava levemente bronzeada. Eu possuía até uma marquinha de biquíni, que infelizmente estava escondida pelo grosso casaco. Eu estava levemente corada, mas isso não tinha absolutamente nada haver com os dias na praia. Eu estava corada pelo frio.

Islândia. Estávamos no país do frio.

E eu não conseguia acreditar.

Encarei meu reflexo pela centésima vez.

-Essa roupa é estranha.

-Estranha é você

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

-Estranha é você. –eu penso em retrucar, mas Mia já está atrás de mim e me vira em sua direção- Pare de reclamar, não tem nada estranho ai. Estranho seria se essa roupa não te deixasse ainda mais gostosa.

-Mia!

-Estou apenas falando a verdade –ela me ajuda a fechar o botões do sobretudo branco- Pegue suas coisas, já estamos atrasadas.

-Já estou indo, não me apresse. –peço calçando minha bota. Eu olho ao redor da suíte e corro para pegar minhas luvas que estavam jogadas ao lado da cama- Onde está o meu celular?

-Comigo – minha irmã diz segurando a porta, ela já está no corredor do hotel e me apressa com a mão livre. Eu corro em sua direção e logo estamos dentro do elevador. Eu seguro o dedo medinho de Mia, e quando as portas se abrem no saguão do hotel eu a puxo para fora. –Eles já foram para o restaurante.

Eu concordo e continuo nossa caminhada. Eu estava levemente atrasada, confesso. Eu estava cansada do voo e apaguei assim que chegamos, Mia gastou preciosos minutos tentando me acordar. A primeira coisa que me atingiu quando pisamos para fora do hotel foi o cheiro de cigarro que algum hospede, a segunda o frio, que me faz estremecer.

-Puta merda –reclamo, puxando o capuz para cima– Está muito gelado, Mia.

-Eu percebi –ela responde rindo de mim- Vamos, temos que andar algumas quadras.

Ao contrario de Munique, de um jeito que eu não estava muito acostumada às ruas de Grindavík eram calmas. Diferente do caos em Seattle e Munique. Fiquei agradecida de não ter que andar muito, o restaurante ficava a quatros ruas do hotel. O ambiente era aconchegante, e quentinho. Eu cumprimentei a todos na mesa, e demorei mais que o necessário abraçando meu irmão mais velho. Eric e Katherine reluziam e transbordavam amor. Eu estava mais que feliz em ter minha família reunida.

Lafayette. NO LIMITE DO SEU DESEJOOnde histórias criam vida. Descubra agora