23.

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Eram quase nove da noite quando terminamos de nos arrumar, Mia e eu descemos a escada em silêncio, ela estava radiante ao meu lado. A presença de Hideo fazia seu humor melhorar em mil vezes. Horas atrás quando eu e Tyler voltamos para casa, encontramos nossa mãe nos esperando no fundo da casa. Sua cara não era as das melhores, ela parecia extremamente possessa conosco. Ficamos cerca de quinze minutos apenas ouvindo seu sermão, sobre como foi uma falta de respeito o que nos fizemos, e que ela esperava que Tyler pudesse aprender a conviver com Hideo, já que ele seria uma presença constante em nossas vidas. Em todo a conversa eu permaneci segurando a mão de Tyler. Depois de passar quase duas horas correndo pela orla, ele não eu, pois perdi o fôlego e o ritmo uma hora depois de começarmos, Tyler parecia bem mais calmo.

-Não vai caber todo mundo no carro. Alguém vai ter que ir no colo. –Tyler diz saindo de casa- Que no caso será Mia a Emi e algum de vocês.

-E porque não você? –Christopher chia com a sobrancelha levantada.

-Por que eu vou dirigir. –ele diz simplesmente, e parte para o lado do motorista.

Henry corre para o lado do passageiro e entra no carro, sem nos dar tempo de raciocinar. Espertinho. Eu olho para Mia que da de ombros e puxa Hideo. Eles entram no carro, e Mia se acomoda no colo dele. Eu olho para Alex, e depois encaro os irmãos Lafayette.

-Mano, eu te amo. –Christopher começa- Mas porra, você é muito grandinho para se sentar no meu colo.

-E você prefere que a bunda de Alex sente em você?

-Na verdade eu prefiro que Emily sente –ele diz fazendo uma careta- Isso soou estranho, eu quis dizer, peso pena, sabe? Ela é mais leve que vocês.

-Minha irmã, meu colo –Alex diz e me puxa pela cintura.

-Isso não é justo, Bennet pesa mais de noventa quilos só de músculos. –Christopher protesta.

-Você poderia sentar no colo de Bennet –eu digo.

-Nem por m decreto! Não vou colocar minha bunda no colinho dele não.

-Será rápido Christopher –Henry diz com o vidro abaixado.

Tomando coragem ele entra no carro e bate nas penas chamando o irmão. Eu sorrio para a imagem. Depois de todos acomodados, Tyler arranca com o carro e segue em direção ao Pirate.

-Vamos as três regras da noite –Tyler diz, e seus olhos me encontram pelo retrovisor- Não fiquem muito longe, não aceitem nada de estranhos e...

-Sem papo com homens –Mia e eu falamos juntas, e sorrimos alto. Sempre que saímos com os meninos, um deles cita as três regras da noite. É estranho e até mesmo cômico.

Mia é a primeira a sair do carro assim que chegamos, e ela não faz questão de nos esperar para entrar na boate. –Menina apressadinha.

Dou risada da declaração enciumada de Tyler e saio do carro.

Eu puxo o cropped um pouco para baixo, ele é branco em decote coração- e ficava um arraso com a saia azul de Mia- mas o mesmo insistia em ficar subindo. 

A primeira coisa que senti assim que entramos na boate foi o cheiro de álcool, e em seguida a batida da música.

A música estava alta. Alta demais. Meu corpo vibrava a cada batida e eu estava adorando a sensação.

Estava escuro e havia pessoas por todo o lado.

-Vou buscar algo para beber –Alex nos diz antes de sumir entre as pessoas.

Lafayette. NO LIMITE DO SEU DESEJOOnde histórias criam vida. Descubra agora