Passaram-se meses e com eles chegou o fim do ano.
Os meus encontros com o professor têm ido de vento em poupa, no entanto cada vez mais estou a nutrir sentimentos que estão a ficar fora de controlo. Preciso de falar com Jimin depois da aula dele.
Hoje é quinta-feira de manhã e ainda vou ter que aguentar umas duas aulas até chegar a dele.
Primeira aula, português, para uma aula tão chata até que passou rápido. Como é óbvio o professor passou a aula toda a dar matéria, a maior parte das pessoas só presta atenção à primeira meia hora de aula, o resto do tempo é o professor a dizer a mesma coisa mas de formas diferentes.
Quanto à segunda aula não posso dizer o mesmo, parece que os segundos não querem passar, não prestei atenção a nada que a professora tenha dito. Só pensava em como iria falar com o Jimin, o que lhe iria dizer e o mais importante de tudo, como é que ele iria reagir ao que eu lhe dissesse.
Assim que eu ouvi o toque da campainha para saída mandei um pulo na cadeira, reparei nos meus colegas a sair da sala, que nem gazelas a fugir do leão. Levantei-me calmamente e comecei a arrumar as minhas coisas na mochila. As raparigas vieram ter comigo assim que arrumaram os seus materiais.
-Então ________, hoje estás muito calada e pensativa para meu gosto. Isto não tem nada a ver com um certo professor de matemática? – Perguntou a Cátia a rir com um sorriso travesso. Onde foi parar a inocência desta menina, irei ter uma conversa com o Jin, não me posso esquecer disso.
-Parem de gracinhas, estou cansada disso. – Respondi sem ânimo e paciência para as brincadeiras delas.
-Oi, então o que se passa? O Jimin fez alguma coisa, se o apanho desfaço o crânio dele. – Falou a Diana com um toque de irritação na voz.
-Calma, ele não fez nada, sou eu. – Defendi-o de imediato, a culpa por um lado é dele, mas por outro também é minha. Fui eu que me deixei apaixonar por alguém que não posso ter a não ser na cama.
-O que fizeste, não me digas que lhe poses-te os palitos? – Prenunciou-se uma das meninas com cara de espanto.
-Claro que não, vocês conhecem-me, seria incapaz disso. – Respondi um pouco indignada. Afinal por quem me tomam?!
-Então o que foi? – Perguntou a Diana preocupada.
-Eu apaixonei-me por ele e já não posso ficar nesta situação de servir apenas para satisfação sexual, eu meio que quero algo mais. – Falei numa voz baixa, sentindo-me um pouco idiota em dizer isto. Para mim não era normal me apaixonar, achava que só sentia desejo carnal pelo professor, que passaria quando este fosse saciado. Algo que não aconteceu, cada vez mais eu me sentia atraída por ele, necessitada do seu sorriso, do seu olhar sobre mim, dos seus toques, da sua atenção.
-Mas tu já estavas apaixonada por ele antes daquilo na sala. – Disse a Diana confusa – Oh, não tinhas percebido isso! – Continuou um tempo depois, dando um sorriso quando terminou de falar.
-Pobre _________, já estava apanhada por ele e nem sabia, tão inocente esta menina. – Afirmou a Cátia, que até agora estava apenas a ouvir.
Quando ia para responder a campainha tocou e com ela o meu coração acelerou as batidas.
Saímos da sala e dirigimo-nos a passos lentos até à sala onde seria a aula de matemática. Durante todo o caminho eu só pensava em como iria dizer que estava apaixonada por ele, que vergonha.
Chegando à sala o professor já lá estava e quando nos viu deu um sorriso cativante, fazendo-me derreter por dentro.
Pedimos desculpa pelo atraso e dirigimo-nos para as nossas mesas. Antes de me sentar ouvi a Diana a sussurrar:
-Conta-lhe, não tenhas medo. Fighting!
Como resposta apenas acenei com a cabeça.
A aula foi passando e com ela os meus batimentos cardíacos iam aumentando, acompanhados de um nervosismo que me ia consumindo pouco a pouco numa pequena, grande tortura.
Ao longo da aula o professor de vez em quando olhava para mim e sorria, ao que eu respondia com um sorriso tímido e olhava para a mesa, preocupada com o que aconteceria depois.
Quando a aula terminou, eu levantei-me, arrumei as minhas coisas a correr e fui ter com ele. À medida que me aproximava sentia as minhas forças a desaparecer e com elas ia a minha coragem, que por si só já era pouca.
-Professor podemos falar? – Perguntei, vendo o professor distraído a arrumar o seu material.
Assim que me ouviu parou com o que estava a fazer e olhou para mim, dando um largo sorriso, daqueles que faz os seus belos olhos se tornarem em dois pequenos riscos, dando-lhe um ar inocente e fofo.
-Claro ________. Aconteceu alguma coisa? – Perguntou, desfazendo o seu sorriso ao perceber o meu nervosismo.
-Jimin, desculpa mas nós não podemos continuar com a nossa "relação". – Respondi de uma vez, fazendo aspas com as mãos quando disse relação. Tecnicamente não era uma relação, mas eu não sabia o que lhe havia de chamar.
-Mas porquê? – Questionou incrédulo, e com tristeza no olhar. Aproximando-se de mim e me tocando gentilmente na bochecha.
-É que eu, eu.... – Baixei o olhar, tentando ganhar coragem e sentindo a minha cara quente. Com certeza estou corada.
-Tu ... – Incentivou, levando a mão que estava na minha bochecha até ao meu queixo e erguendo-o, fazendo-me olhar para ele.
-Eu....-Respirei fundo e disparei de uma vez. – Eu estou apaixonada por ti e não consigo estar contigo apenas por sexo.
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E cá está mais um capitulo!
Kiss <3
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My Dear and Hot Teacher - Jimin
FanfictionUm professor... Uma aluna... Uma sala de aula... E... Algo mais. Imagine Jimin. Esta história pode ser lida no site spirit. Não plagiar, obrigada!