7° capítulo ✓

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No dia seguinte, a primeira aula que tive foi de inglês. Insuportável, como sempre.
Vou entrando na sala enquanto a professora explica algo do livro.

MEU DEUS! É incrível a minha capacidade de mesmo eu tentando chegar cedo, eu acabo chegando atrasada. Eu juro que se essa professora perguntar meu nome eu digo para ela pra enfiar a chamada nos lugares especiais.

— Senhorita Stuart, vejo que já está famosa por aí.

— Pois é, as notícias correm quando se tratam de um "hulk" dentro da escola. — eu disse fazendo aspas com as mãos ao dizer hulk.

— Como assim?

— Prazer moça das cavernas que nunca assistiu "Os vingadores". — eu disse debochada.

— Não mesmo, não gosto desses filmes.

— Deveria ver, são filmes da arte moderna.

— Vá se sentar mocinha.

Eu estava apontando um lápis no meio da aula e ela veio andando até mim parando de braços cruzados e com uma cara fechada. Eu revirei os olhos e a ignorei. Eu realmente estava cansada das professoras pararem de dar a aula para ficar me olhando. Será que elas me acham linda demais? Vou pedir para fazerem uma pintura de mim.

— Vá se sentar ou vá para fora. — ela disse apontando o dedo para fora.

— Mas eu só levantei pra apontar o lápis! — me defendo mostrando o lápis e o apontador.

Claro que era para atrapalhar a aula, afinal, eu nem uso lápis, mas precisava fingir que usava e que era inocente. Infelizmente, fui pega no flagra:

— E está mexendo com todo mundo enquanto eu estou de costas. Então, pare já com isso ou se retire.

— Tudo bem, então. Luiza, te vejo na próxima aula. — ela assentiu rindo. — Isso se eu ficar na outra né. — pisquei para ela e isso fez a professora ficar puta da vida.

— Anda logo Anny. — ela abre a porta e eu passo por ela.

Fui andando em direção ao pátio, quando vi um garoto muito bonito vindo em minha direção, loiro dos olhos azuis, o típico garoto adolescente que ilude as garotinhas indefesas. Se não me engano é o Marcos, um dos maiores pegadores do colégio. Ouvi isso numa das conversas do corredor mais cedo e sem querer vi uma foto dele.

Ele veio sorrindo, mas eu virei o corredor indo para o banheiro. Se eu dou moral pra esses garotos? Lógico que não. Peguei meu celular e olhei as horas, está quase na hora da próxima aula.

Pra mim você está é perdendo tempo.
Um gato desses sorrindo pra você, eu pegava na hora.
A quantidade de beleza é a metade da idiotice.

Saí do banheiro e segui para a próxima aula, francês, que droga. Sentei no chão encostada na parede ao lado da porta da sala e, quando tocou o sinal, me levantei entrando na sala.

E foi aí que eu percebi que estava cansada e que iria ficar quieta na aula, vou sentar em uma cadeira qualquer e nem vou falar nada.

Pelo menos terei uma aula sem aprontar nada para usar em minha defesa com minha mãe.

Cinco minutos depois...

Peguei minha caneta durante a aula e fiquei batendo na mesa fingindo ser bateria e atrapalhando a aula inteira.

É, eu não consigo mesmo ficar quieta, tem um negócio dentro de mim que insiste em me manter mexendo o corpo e fazendo barulho. Será que eu sou imperativa?

Anny Stuart Onde histórias criam vida. Descubra agora