Saí da festa andando sem rumo, passei pelas ruas vazias olhando para as estrelas, continuei andando até o sol começar a nascer. Me sentei em baixo de uma árvore e eu já havia ficado um pouco sóbria.
Somente agora lembrei que estava com meu celular, peguei ele e liguei para alguém, não sei quem,só sei que foi a última que me ligou.
Ligação on.
Eu:Alô? Quem é?
Xxx:Sou eu Anny, Marcos.
Eu:Por que está me ligando?
Marcos: Você sumiu desde ontem, estamos todos na sua casa, venha para cá ,estão preocupados com você.
Eu:Minha bateria está acabando, não vou aí okay?
Marcos:Anny! Venha para casa, eu estou preocupado .
Eu:Me desculpa.
Ligação off.
Me levantei de onde estava e fui à padaria que tinha ali perto, eu estava perto de casa, só não queria ir para lá.
-Bom dia Anny- disse a atendente.
-Bom dia. Vocês tem remédio para dor de cabeça?
-Sim, esse aqui melhora rápido - ela me entregou uma cartela.
-Obrigada, eu quero um toddynho também.
-Okay- ela me entregou, paguei e saí.
Coloquei o comprimido na boca e tomei o toddynho. Não tem outro lugar para eu ficar, ou eu vou pra casa, ou pro clube de box. É melhor eu ir pra casa, só estou fazendo escolhas erradas.
Abri a porta e todos estavam sentados no sofá. Não me viram ainda.
-Cara, eu não sei onde procurar ela. - disse Luiz.
O telefone tocou e o Gabe correu para atender.
-Alô?... ela foi aí?...já tem muito tempo?... O que ela comprou?... Remédio?!...aaai meu Deus... Ela deve estar perto da casa dela então, obrigado por avisar.
Ele desligou e voltou à sala.
-Ela foi na padaria à uns 15 minutos,a atendente falou que ela deve estar aqui perto.
-E estou aqui, fazer o que né- eu disse indo na cozinha.
-Anny? - eles gritaram.
-Nao, Leonardo da Vincci .- eu disse irônica e eles apareceram na cozinha.
-Por que você não voltou pra casa ?-Perguntou Luh.
-Eu precisava tomar um ar- me virei para o Matt.
-Mas não era pra você sumir. Nós ficamos preocupados.
-Eu não pedi pra ninguém se preocupar comigo.
Subi para meu quarto e Fechei a porta. Eu estou me sentindo uma pessoa fraca e inútil. Sempre faço as coisas erradas. Fiquei o dia inteiro dentro do quarto, não saí nem para comer.
-Anny, já está na hora de você voltar para o colégio- disse minha mãe batendo na porta.
-OK.
Peguei minhas malas do jeito que estavam e fui em direção às escadas. Coloquei elas no alto da escada e me sentei em cima delas.
-Uhull- gritei ao descer escorregando pelas escadas.
-O que você está fazendo Anny? -Perguntou minha mãe rindo de mim.
-Eu sempre quis fazer isso. -Me levantei, coloquei minhas malas no carro e deitei no banco de trás.
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Anny Stuart
JugendliteraturSou Anny Stuart, moro em Flint, Michigan, e tenho 17 anos. Sou uma garota normal, como qualquer outra de qualquer lugar. Meu pai morreu, minha mãe é uma cirurgiã, tenho meus amigos e estudo num colégio interno. Rebelde, dramática, grossa, insensíve...