Sweet Escape

Home Sweet Home - Part 2

Christian Grey POV

A noite não acabou sendo tão agradável no final. Minha cabeça latejava, estava me sentindo esgotado e estressado. Minha irmã não deveria usar tais substâncias como absinto e pior não tinha nem  pensado em tal componente. Porém senhorita Steele continha seu remédio na residência, que por incrível que seja acabou salvando a vida da pessoa que mais amo nesse mundo.

Quando dei banho em minha irmã acabei molhando a camisa de algodão que usava e coloquei para secar na cadeira da escrivaninha. Quando Mia adormecia comecei a olhar os porta retratos na cabeceira da cama. Tinha diversas fotos da Ana com um homem de meia idade , provavelmente esse seria seu pai e outras com uma garotinha. As duas eram idênticas tinham os mesmos olhos, o sorriso radiante , a mesma cor de cabelo e  pele. Ao julgar a aparência e as duas camas em seu quarto essa era sua irmã .

Anastácia tinha uma irmã também e as duas apesar da diferença de idade pareciam se dar muito bem. Saber disso me deixou um pouco mais calmo, não sou o tipo de cara que apresenta  a namorada a amigos  ou expõe certas  " experiências "  pessoais a pessoas que não pertencem a família. Nunca comentei sobre Mia ou ser adotado a ninguém, a senhorita Steele é a primeira pessoa a conhecer meus problemas e vícios. Não que tenho vergonha da minha irmã. É que simplesmente, sou um homem conservador.

Admirava a paisagem fora de seu quarto, era encantador e transmitia tranquilidade . A casa era simples e velha mas creio que qualquer pessoa daria tudo para morar aqui. O sons que os pássaros faziam , o vento das árvores ... Mas tudo foi substituído por um barulho interno vindo ... Da escrivaninha. Anastácia tinha trombado com uma pequena cômoda e de uma forma sexy mordia seu polegar com o intuito de afagar a dor ou algo semelhante. Não tinha reparado que ela estava ali.

- Como sua irmã está ? - Perguntou de costas para mim. Senhorita Steele, sabia muito bem como controla sua respiração e postura mediante a dor. Isso me deixou extremamente excitado.  

-  Ela conversou comigo depois que acordou, mas acabou pegando no sono. Parou de ter calafrios e suar . - Entrei na sua e comecei a sussurrar também . - Deixe-me ver seu joelho . - Toquei em sua cintura e fiz olhar extremamente para meus olhos, senti sua respiração acelerada, seu perfume. Por mais que tentássemos manter distância entre nós, o desejo não iria deixar .  Mas não posso a beijar sem antes ela saber das minhas intenções, não depois de salvar a vida da minha irmã. A dúvida grunhiu em minha cabeça ou será que posso . Hmmm, meu pinto ... Ana fechou os olhos e sua boca esboçou um leve bico. A única coisa que pensei foi : Foda-se as boas intenções é agora . Agarrei seu corpo fazendo chocar-se junto ao meu e...

- Preparei o café da manhã, vamos comer. - Senhorita Steele tirou minha mão de seu corpo rapidamente e seguiu para fora do quarto.

-  Na trave . - Resmunguei baixo mas ela acabou escutando e dando uma risadinha.

- Ponto pra mim. - Piscou com um dos olhos  e me fez rir também . Entramos na cozinha e me sentei na cadeira em frente.

- Não se dê por vencida, ainda nem começamos o jogo. - Minha vez de piscar.

[..]

- Fiz panquecas e torradas. Tem leite e café . -  Apontou para cada recipiente de forma simpática, esperando eu me servir. O cheiro estava muito bom, estava faminto...

-O cheiro está ótimo... Faz muito tempo que não como panquecas... - Falei já as colocando no prato parecendo uma criança .

- O que costuma comer de manhã ? - Perguntou de forma serena e lindamente.

- Ovas de salmão e algum cereal " sem graça "  proteico - Indaguei franzindo o cenho em reprovação a sua face que esboçou um  perfeito *O* já estremecendo. - Senhorita Steele, não costumo desconsiderar a comida que me servem, pois sou grato a ela ( comida) -  Já passei fome na vida, não foi uma ou duas vezes mas sim inúmeras ocasiões. Antes de ser adotado Flora me deixava dias sem comer e quando Mia nasceu as coisas ficaram piores. - ... Mas em uma escala de zero a dez essa está sendo a melhor refeição de anos. Diremos que nota dez - Mastigava apreciando cada pedaço, sua presença ali também agradava e deixava a comida ainda mais saborosa.

- Fico feliz que tenha gostado. - Voltou a sorrir -  É humilde mas parece que você realmente gostou. - Indagou. Por alguns instantes apenas apreciei os sabores e então reparei que ela me olhava.

- Errr.. Estou todo lambuzado não estou. - Gargalhei. Ana acenou positivamente . Procurei um guardanapo na mesa mas não o encontrei. Senhorita Steele, sem muitos delongas pegou um e esticou seu braço... Mas o segurei ainda no ar a fazendo recuar. Eu tive medo, medo de sentir seu toque .

- Só queria ... - Tentou dizer algo mas desistiu pouco tempo depois . A constrangi com minha brutalidade novamente.

- Anastácia - Supliquei com meu olhar , procurando em minha mente uma maneira de explicar o que ocorreu. - Precisamos conversar. - Explicar as regras pra ela, como o jogo funciona quando está comigo.

-  Já entendi Christian - Não, não entendeu. Mudou completamente seu modo de agir, mordeu seu lábio... Antes ela estava relaxada brincando e rindo agora estava tensa e séria. -  Se for falar pra manter tudo isso que aconteceu entre a gente. Não se preocupa não vou contar para ninguém sobre Mia. - Seus olhos se encheram d'Água.

- Senhorita Steele, não sabe como me corta o coração ao vê-lá assim . - Agora foi minha vez de tocar em seu rosto sua pele era macia, posicionei minhas mãos em suas maçãs. Elas ficaram rubricas com meu toque . - No memento o que menos quero é te machucar, fazer você sofrer. - Indaguei.

- Porque faz isso Christian ? Uma hora tenta me beijar, me chama pra sair e depois age como se me quisesse distante . - Continuava massageando seu rosto. - É frio e se desfaz facilmente ... - Parou de me olhar, olhando para oura direção um tanto quanto assustada ficando pálida minutos depois.

Anastácia Steele Pov.

Ele tocava em meu rosto, sua mão era quente. Queria sentir cada vez mais e mais, porém não entendia seu jogo, suas  intenções . Não sabia o que ele queria e porque agia tão diferente. Eu sei que me desejava tínhamos um sentimento semelhante , pelo menos era o que demonstrava-mos . Ouvi barulhos vindo da sala, fazia uns dez minutos que saímos do quarto. Mia estava apagada não ia acordar nem tão cedo, então não era ela que estava fazendo barulho.

- Ana? - Era a voz de Charlie, pensei que ele e Nessie tinham ido pescar hoje cedo e só voltariam pela hora do almoço. Olhei para Christian um tanto quanto preocupada, não queria que meu pai o visse ainda mais sem camisa.

- Pai, estou na cozinha. - Olhei para o homem semi-nu em minha frente e apontei a dispensa. - Charlie, depois do acontecido é meio sistemático com homens ainda mais sem camisa e que conheço a apenas uma semana. - Tentei segurar a risada com a ocasião.

- Ana banana, de quem é o carro aí na frente ? - Maldito apelido. Meu pai e Nessie apareceram minutos depois na cozinha.

- Da minha amiga Mia, ficamos conversando até tarde após o serviço e ela acabou pegando no sono . - Mordi os lábios enquanto inventava essa desculpa esfarrapada.

- E aonde está a Fluflu? - Perguntou minha pequena depois de dar um beijo e abraço.

- Outro motivo para Mia ter dormido aqui. - Esbocei um sorriso amarelo - Acho que a correia de Fluflu arriou, deixei na frente do pub . - O que era a mais pura verdade.

- Sabia que não iria aguentar por muito tempo. - Charlie, concordou indo para o carro. - Voltei para pegar as iscas, afinal não se dá para pescar sem elas. Que cabeça a minha, aonde é que estão ?  - Ah, não. Estão na dispensa.

- Acho que as vi lá na lavanderia. - Nessie disse saindo da cozinha e meu pai foi atrás.

-  É acho que estão lá . - Concordei mesmo sabendo aonde estava e enquanto pegava.

Foi só meu pai e minha filha sairem que já corri em direção a dispensa, que era um pequeno cubículo do lado da cozinha. Christian tinha pegado a maleta de ferro e me entregava rindo quando as luzes se acenderam.

- Oi. Quem é esse? - Nessie perguntou me fazendo gelar.