Violet
- Você está tentando me dizer que eu sou um lobisomem?
- Exatamente. - Me responde seria.
- E a senhora vai me disser agora que também é uma? - Digo de forma irônica.
- Não sou. - Responde novamente séria e me deixando nervosa com a possibilidade dela estar falando a verdade ou enlouquecendo.
- Então como eu seria uma por que não me lembro de ser mordida por um "lobisomem". - Ironizo usando as mãos para fazer o sinal de aspas em lobisomem.
- Seu pai era um lobisomem, pra ser sincera não tenho certeza se você se transformara em lobisomem já que na verdade você é uma hibrida, seu pai é lobisomem, sua mãe biológica era vampira, sua avó materna era bruxa e seu avô um celestial... É meio difícil saber que sangue estará mais forte em você. - Diz fazendo uma expressão engraçada.
- então você é vampira? Cadê suas presas?
- Sua mãe biológica ERA vampira, eu sou apenas sua guardiã ou se preferir outro termo, mas humano sou sua mãe adotiva, fiquei com você quando seu pai não podia mais cuidar de você devido aos ataques internos a alcateia.
- Eu sou adotada? - Digo com a voz embargada porque sei que estou chorando.
- Sim querida, mas isso não muda o fato de que eu ainda te amo muito e que é minha filha.
- O meu pai... Ele?
- Está vivo e quer te conhecer futuramente, na verdade você iria conhecê-lo mais rápido se fosse um lobisomem porque estaria automaticamente em sua alcateia e sobre seu comando.
Fico pensando em tudo o que foi dito, minha cabeça dava voltas e não me sentia muito bem.
Não me lembro do que disse a minha "mãe" nem o que ela me respondeu, não senti meus movimentos ao subir as escadas, eu simplesmente estava em piloto automático. Minha mente estava em um turbilhão de pensamentos confusos e conflitantes que somente se acalmou com a minha inconsciência.
Acordei no dia seguinte com a mente pesada, eu tinha uma meta que me guiava na vida, tinha a determinação de que realizar meus sonhos era o queria, e isso me definia, pois não tinha medo de lutar por eles, desde criança nunca precisei que acreditassem em mim, mas a minha realidade mudou, a minha historia mudou, o que eu vivi não passou de uma mentira.
As marcas da minha infância não passaram de mentiras e ilusões criadas por quem deveria me proteger, sinto o meu futuro incerto e meu coração está cada vez mais apertado e angustiado. Respiro fundo tentando acalma-lo em vão.
Tomo banho tentando relaxar, mas sinto que logo algo vai acontecer e que não terei controle sobre ele... Decido ir para a escola por que sei que é a única coisa certa na minha vida incerta.
Ao chegar à escola me deparo com o kill me esperando. Quando me ver ele abre um sorriso mas algo em minha expressão teve telo alertado pois o seu sorriso some e é substituto por preocupação, ele me observa com a cabeça inclinada para o lado.
- Você está estranha. Não sei o que é, mas está me deixando nervoso... Você está bem? Aconteceu alguma coisa? – pergunta ansioso
- Acho que nunca o ouvi falar tanto. - falo chorando. - Sim aconteceu algo, mas não posso disser e não eu não estou bem. - Termino de falar me jogando em seus braços chorando.
Os braços de kill são desajeitados, mas ele tenta me confortar, apos um tempo minhas lagrimas diminuem e ao levantar o olhar para agradecê-lo o vejo com o olhar em um ponto atrás de mim e com uma expressão estranha e ao seguir a direção de seu olhar vejo Cameron a me encarar, ele nota que o vi e simplesmente rosna pra mim e sai andando.
Minhas lagrimas voltam com força total e não consigo, mas pará-las.