Capítulo 2

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- Filho! Fique onde eu possa vê-lo!

- Tá bom, mãe!- Disse o menino, enquanto corria para o escorregador.

Subiu às escadinhas, e quando já estava lá em cima, percebeu que outro menininho estava à beira do escorregador, pronto para pular.

O garotinho decidiu esperar o outro menino escorregar para depois ir, mas isto não aconteceu, então o garoto decidiu cutucá-lo.

- Ei! Não vai escorregar?- Indagou, mas não recebeu resposta, então empurrou mais forte, provocando a queda do menino pelo escorregador, que deixou a cabeça cair para trás- Aaaah!- gritou ao perceber que saia líquido amarelo da boca dele.

Mais tarde, o telefone de uma mulher tocou, e esta correu para atende-lo.

- Alô, Sra. Mickins?

- Delegado! Tem notícias do meu filho?!- Ela reconhecera a voz de Patrick.

- Sim, ele foi encontrado.

...

- Esse maldito ainda está vivo!- Reclamou Derick ao avaliar as informações do caso da família Mickins. Ele era o único daquele escritório, que nunca se sentiu satisfeito com a idéia de Roger Martinez nunca ter sido encontrado- Como isto é possível?! Se ele comeu aquele veneno?!

- É provável que ele não tenha comido aquela comida- comentou Patrick.

- Se não foi ele, então quem foi?- Indagou Felipe, outro investigador mais novo.

O delegado apoio o queixo nas mãos, com uma expressão pensativa.

- Se não foi ele, então temos que considerar a hipótese de ele ter um "cúmplice"- Deduziu Derick com um pouco de medo do que acabara de falar.

- Delegado- disse a secretária, quebrando o silêncio.

- Sim?

- A Sra. Mickins está lá fora.

- Mande-a entrar, por favor.

- Sim, senhor- saiu da sala e logo depois a senhora Mickins entrou.

- Boa tarde- disse ela.

- Senhores- o delegado fez sinal para que os deixassem a sós, e eles saíram rapidamente- Boa tarde, Sra. Mickins. Sente-se, por favor.

A mulher sentou na cadeira a frente. Patrick percebeu que ela tremia um pouco. Seus olhos estavam avermelhados e envolvidos por fundas olheiras.

- Bom..- Patrick começou a falar mas ela o interrompeu.

- Eu sei que você vai me dar uma notícia ruim, então, diga logo.

- Seu filho foi encontrado num parque no centro da cidade.

O coração dela pulava no peito cada vez mais rápido, se aquecendo com esperança ao ouvir aquilo, então perguntou:

- ...vivo?

- Não, infelizmente, não- O delegado não se surpreendeu ao ver a lágrimas escorrerem pelo rosto da mulher. Pegou um lenço e lhe entregou, ela agradeceu e secou o rosto. Criou coragem para fazer mais uma pergunta.

- Ele morreu de quê?- Indagou gaguejando.

- Envenenado.

- .....ele sentiu...sentiu muita dor?- Patrick sentiu algo horrível crescer e ganhar vida dentro de si, ao ver a mulher se despedaçar em sua frente.

A Sra. Mickins não queria chorar, mas a dor em seu peito falava mais alto do que qualquer sentimento de orgulho.

O delegado a acolheu em seus braços, abraçando-a fortemente.

As leis de suplício e obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora