- Filho! Fique onde eu possa vê-lo!
- Tá bom, mãe!- Disse o menino, enquanto corria para o escorregador.
Subiu às escadinhas, e quando já estava lá em cima, percebeu que outro menininho estava à beira do escorregador, pronto para pular.
O garotinho decidiu esperar o outro menino escorregar para depois ir, mas isto não aconteceu, então o garoto decidiu cutucá-lo.
- Ei! Não vai escorregar?- Indagou, mas não recebeu resposta, então empurrou mais forte, provocando a queda do menino pelo escorregador, que deixou a cabeça cair para trás- Aaaah!- gritou ao perceber que saia líquido amarelo da boca dele.
Mais tarde, o telefone de uma mulher tocou, e esta correu para atende-lo.
- Alô, Sra. Mickins?
- Delegado! Tem notícias do meu filho?!- Ela reconhecera a voz de Patrick.
- Sim, ele foi encontrado.
...
- Esse maldito ainda está vivo!- Reclamou Derick ao avaliar as informações do caso da família Mickins. Ele era o único daquele escritório, que nunca se sentiu satisfeito com a idéia de Roger Martinez nunca ter sido encontrado- Como isto é possível?! Se ele comeu aquele veneno?!
- É provável que ele não tenha comido aquela comida- comentou Patrick.
- Se não foi ele, então quem foi?- Indagou Felipe, outro investigador mais novo.
O delegado apoio o queixo nas mãos, com uma expressão pensativa.
- Se não foi ele, então temos que considerar a hipótese de ele ter um "cúmplice"- Deduziu Derick com um pouco de medo do que acabara de falar.
- Delegado- disse a secretária, quebrando o silêncio.
- Sim?
- A Sra. Mickins está lá fora.
- Mande-a entrar, por favor.
- Sim, senhor- saiu da sala e logo depois a senhora Mickins entrou.
- Boa tarde- disse ela.
- Senhores- o delegado fez sinal para que os deixassem a sós, e eles saíram rapidamente- Boa tarde, Sra. Mickins. Sente-se, por favor.
A mulher sentou na cadeira a frente. Patrick percebeu que ela tremia um pouco. Seus olhos estavam avermelhados e envolvidos por fundas olheiras.
- Bom..- Patrick começou a falar mas ela o interrompeu.
- Eu sei que você vai me dar uma notícia ruim, então, diga logo.
- Seu filho foi encontrado num parque no centro da cidade.
O coração dela pulava no peito cada vez mais rápido, se aquecendo com esperança ao ouvir aquilo, então perguntou:
- ...vivo?
- Não, infelizmente, não- O delegado não se surpreendeu ao ver a lágrimas escorrerem pelo rosto da mulher. Pegou um lenço e lhe entregou, ela agradeceu e secou o rosto. Criou coragem para fazer mais uma pergunta.
- Ele morreu de quê?- Indagou gaguejando.
- Envenenado.
- .....ele sentiu...sentiu muita dor?- Patrick sentiu algo horrível crescer e ganhar vida dentro de si, ao ver a mulher se despedaçar em sua frente.
A Sra. Mickins não queria chorar, mas a dor em seu peito falava mais alto do que qualquer sentimento de orgulho.
O delegado a acolheu em seus braços, abraçando-a fortemente.
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As leis de suplício e obsessão
Misteri / Thriller"Todos nós temos cicatrizes. Algumas mais profundas que outras. Estas cicatrizes sangram até secar quando expostas ao sol, por isto lutamos para mantê-las no escuro. Eu tenho a cicatriz mais profunda e suja que um humano poderia ter, e faria qualque...