Capítulo 5

692 32 12
                                    

Roberta

Assim que acordei fui pra cozinha fazer um Toddy e chegando lá encontrei com Tia Manuela.

- Oi Tia, bom dia.

- Oi linda, dormiu aí?

- Sim, minha mãe tá viajando, você sabe que eu odeio ficar sozinha.

Sentei em um dos banquinhos da cozinha americana.

- Vai querer que eu faça seu Toddy?

- Sim, brigada... e faz um pro Eduardo também.

- E o meu filho... Te dando muito trabalho?

- Na verdade, eu tenho dado muito trabalho pra ele.

- Ele dormiu na sua casa na sexta né?

- Foi... eu pedi pra ele ficar comigo.

- Então quando vocês vão assumir que se amam? - ela virou e me entregou duas canecas com Toddy.

- A gente se ama tia, somos irmãos.

- Menos Roberta, vocês são apaixonados.

- Desculpa tia, mas não, ele é o Pepito que puxava o meu vestido... e deixa eu te perguntar, essa sexta, ele pode ir pro sítio do meu pai comigo?

- Claro, seu pai adora ele...

- Nem me diga...

Levantei-me e quando estava chegando no quarto, Tia Manuela disse.

- Eu aposto que vocês vão namorar... E eu apoio.

Entrei no quarto do Eduardo, deixei as canecas na escrivaninha e deitei na cama perto dele.

- Ei coisa linda, acorda. - Sacudia ele.

- Mais cinco minutos. - respondeu

- Vem, eu trouxe seu Toddy.

- Não quero.

Ele sempre faz isso... subi em cima dele, deixando minhas pernas uma de cada lado do seu corpo. Foi quando eu senti uma coisa se alegrando por assim dizer em minha perna... Mas ai eu lembrei, garotos ficam assim quando acordam. Então ignorei...

- Ataque de cosquinha? - perguntei.

- Aaaah não.

Comecei a fazer cosquinha nele, que reagiu fazendo em mim também. Então começou, guerra de cosquinha...nossos corpos faziam movimentos estranhos. Até que ele ficou por cima e aproximou seu rosto, deixando tão junto ao meu. Conseguia sentir sua respiração em minha cara. Por esse momento, meu olhar encontrou o dele... e nossa... que vontade que me deu de beijar ele.
Seus olhos pareciam nervosos, assim como os meus. Não queria sair dali, não queria parar de olhar aquela olhos de chocolate.

- Tô com vontade de te beijar... - Ele disse ofegante.

- Estou com vontade de ser beijada por você. - Respondi tão ofegante quanto ele. Mas pera... o que eu acabei de falar?

- Acho que isso não é certo.

- Também acho...

- Mas é só um beijo, o pode acontecer?

- Verdade, nós somos amigos, amigos se beijam né?

- Tem certeza que você quer isso? - ele colocou uma de suas mãos em minha nuca e a outra na bunda.

- Tenho - pus minhas mãos em sua nuca.

- Isso não vai ficar estranho depois?

- Só se você deixar ser estranho.

Amigos De Infância Onde histórias criam vida. Descubra agora