POV-->CRYSTAL
Victorya deixou o celular cair no chão e sua expressão era de desespero. Eu não sabia qual atitude tomar, Victorya parecia paralisada com a notícia. Tentei tirar os pensamentos ruins da cabeça.
- Vic, olha pra mim, calma, você não sabe o que aconteceu. - falei jogando seus cabelos para tras. Ela estava suada e não se movia.
Como se algo tivesse estalado dentro dela, ela me olhou com suas pupilas dilatadas e rapidamente saiu catando suas roupas pelo chão do apartamento.
- Eu tenho que ir pra lá imediatamente! - Ela cambaleava pelo apartamento.
Quando achou suas roupas juntou as mesmas e vestiu-se nem se importando com sua aparencia. Abriu sua bolsa pegou as chaves. Ela parou por uns segundos e fitou sua mão que estava tremendo como nunca.
- Em hipótese alguma você vai dirigir nesse estado. - peguei uma muda de roupas dentro de seu guarda roupas e vesti - me dá essa chave. Vem eu te levo.
Segurei Vic pelo braço e entrei no elevador descendo para o estacionamento. A vaga do aprtamento de Vic continha seu esportivo favorito e, cá entre nós, eu não levava muito jeito no volante. Mas naquele momento ela não pareceu se lembrar daquilo e entrou no carro pelo lado do catona. Liguei o carro dando partida no mesmo saindo voando de dentro daquela garagem indo em direção ao hospital.
Por sorte todos os sinais na avenida estavam abertos e eu passei voando por todos. Cheguei na frente do hospital e estacionei o carro, Victorya saiu voando de dentro do mesmo. Acompanhei a mesma até a recepção do hospital.
- Meu pai, onde ele está? - Ela perguntou para a recepcionista que a olhou de uma forma que parecia não fazer idéia de quem ela era. - o senhor Nasber Mckenny.
Enquanto estávamos esperando a recepcionista checar alguém veio das alas do quarto chamando Vic.
- Victorya! - era Ângela.
Victorya correu em direção a senhora e deu um abraço apertado que chegou a doer no meu peito. As lágrimas já eram nítidas em seu rosto.
- Cadê ele Ângela, eu preciso vê-lo.
- Calma meu amor. Ele está bem, foi só um susto. Venha vou te levar a ele.Vic acentiu e foi seguindo a senhora.
- Venha Crys. Preciso de você. - Ela se virou e veio em minha direção.
- Vic..eu não acho uma boa idéia, é um momento delicado e...
- Sem mas Crys. Por favor..
Ela me olhou com aqueles olhos negros e eu não pude negar isso a ela. Eu estava super preocupada com Nasber e queria saber como o mesmo estava. Seguimos até o elevador do hospital e subimos até o terceiro andar onde se encontrava o quarto de Nasber. Victorya tinha entrelaçado nossos dedos dentro do elevador nem se preocupando com a presença de Ângela, que nos lançou um sorriso terno. Ângela deu leves batidas na porta anunciando nossa chegada. Uma enfermeira abriu a porta e nos encaminhou para dentro. Imediatamente Victorya se posicionou ao lado da cama onde o pai estava.
- Pai! - Ela agarrou a mão dele e beijou a mesma - porque o senhor não me disse que não estava bem? Eu poderia ter ficado em casa essa noite e...
- Minha filha está tudo bem. Foi só um mal estar. Eu vou melhorar. - ele falou soltando um sorriso terno para a filha enquanto eu e Ângela trocávamos olhares admirando a cena.
- Você sabe que qualquer coisinha que acontece com você, por menor e menos relevante que seja, pode se tornar uma coisa gigante pai!
- Victorya tem razão Sr. - Ângela concordou.
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Mean To Be
RomanceCom a doença de seu pai, Victorya foi obrigada a voltar para Balder, sua cidade natal, depois de finalizar seus estudos. Seu pai era dono de uma das maiores gravadoras do mundo e com a doença não poderia cuidar dos negócios sem a ajuda de sua filha...