Mean To Be

Capítulo 40

Flashback on

  A noite em Dubai estava fria. Como costumava ser nessa região desértica. As noites gélidas. Gélida igual a cama de Crystal naquele momento da noite. Tinha acabado de mudar para lá com Nick e o mesmo não parava um minuto. Várias viagens. Vários shows. Várias presenças em evento. E por vez ou outra Crystal costumava culpar Victorya. Engraçado, pois não havia razão para tal coisa. Talvez seria só saudade...

[...]

   - Não se atreva a parar agora Sr. Pontes!

  Nick movimentava seu quadril de encontro ao glúteo bem definido de Alana de modo que a mesma não conseguia sustentar seu próprio peso tendo que ser amparada pelo mesmo. Não demorou muito e os dois caíram exaustos sobre o carpete do escritório que Alana mantinha em uma das torres de Dubai.

   - Estou exausto! - Nick soltou com a voz falhada.

   - Esta ficando velho Nick...

  Alana soltou em deboche se levantando passando seu vestido por sua cabeça e vestindo o mesmo.

   - Costumava ser mais eficiente em Balder.

   - Cale a boca! - Nick apenas riu.

  Alana acendeu um cigarro e caminhou até a varanda do escritório e soltou a fumaça devagar. Olhou para o interior e Nick estava se vestindo. Quando o mesmo depositou os olhos nos azuis da morena viu neles preocupação. Logo se aproximou e a acariciou os cabelos.

   - Está chegando o dia de voltarmos Nick. Estou com um mal pressentimento sobre essa volta.

  Nick suspirou e pegou o cigarro de sua mão dando uma tragada.

   - Ninguém nunca saberá de nada. Relaxa. Sempre esteve sobre controle.

  A verdade era que mesmo ele, não tinha certeza de nada.

       Flashback off

      POV-->Victorya

   - Ó Deus!

  Nick soltou um suspiro como se estivesse relaxado depois de ouvir o que falei.

  Eu li mais vezes do que o necessário para me certificar de que estava mesmo escrito aquilo. As lágrimas correram pelos meus olhos, em um passe de mágica minha cabeça começou a queimar e uma raiva fora do normal me consumiu por inteiro.

   - Você só pode estar brincando...

  Fernanda falou retirando o papel de minha mão colocando os olhos sobre o resultado.

   - Essa merda não pode ser verdade... - ela falou andando de uma lado para o outro.

  Levantei de súbito do sofá capturando a coruja de porcelana que estava sobre a mesa de centro da sala, que por coincidência tinha sido um presente de Kris, arremessei a mesma na parede fazendo com que se espatifasse em centenas de pedaços.

   - AHHH PORQUE??? - gritei o mais alto que consegui. - MERDAAAA.

  Comecei a chutar o sofá para poder amenizar nem que seja um pouco da dor que estava em meu peito. Droga. Isso nao podia acontecer!

   - PARA! - Fernanda se aproximou e me segurou impedindo meus chutes. - você vai se machucar.

  Caí em um choro compulsivo nos braços de Fernanda até que não estava mais sentindo meus pulmões receberem ar. Ela se levantou e me ofereceu um copo de água.

   - Beba. Você vai se acalmar mais.

   - Eu não acredito que isso esteja certo. - neguei com a cabeça. - eu vou matar aquele desgraçado do Nick. Eu não devia ter aberto. Droga droga.