Epílogo

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Adam se via de volta na solitária, ainda com luz, desnutrido, havia vômito para todos os lados e um monte de comida e água espalhada pelo chão.

Tudo o que ele passara foi uma peça de sua cabeça.

Ele estava preso em seus próprios pensamentos, em sua própria imaginação.

Adam estava desorientado, ele não conseguia mexer nenhum músculo de seu corpo.

Ele sabia que estava no fim de sua, maldita e infeliz, vida.

Com todos seus demônios ainda lhe assombrando, Adam apenas se entregou para o que fosse o que viesse a seguir.

O céu, ou o inferno, ou um fantasma perdido entre os dois.
Ele não se importava, ele apenas queria ir, queria sumir, e deixar essa vida para lá, reencarnar, seja lá o que fosse acontecer com ele.

Seu coração já batia mais devagar e seus olhos iam fechando aos poucos.

Ele tivera o que merecia, e ele sabia disso, morrer sozinho em um lugar isolado e afastado de tudo e todos.

Era o melhor para o mundo ele morrer, sabe-se o que mais ele poderia fazer se ficasse solto por aí.

Seu coração para, seus olhos se fecham e o rosto dele cai para o lado.

E ali naquela solitária, jazia o homem mais procurado no país, pela morte de mais de cinquenta pessoas.

O homem que fora condenado em sentença de morte na solitária onde ele passara seis meses até morrer.

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