Capítulo 4

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Chegando lá fomos dar uma olhada no que há no quarto, procurando em todos os lugares por algo diferente, que nos trouxesse alguma lembrança ou resquício de memória.

No armário enquanto mexiámos nas gavetas, encontramos alguns jogos na última gaveta da direita. Escolhemos um jogo de aparência antiga chamado Twister. Organizamos o jogo seguindo as instruções, escolhemos Matt para ficar responsável por girar o ponteiro que decide onde devemos colocar as mãos e pés, então começamos a jogar.

Enquanto jogamos percebo que nessas poucas horas Lucas mudou bastante, se tornou mais confiante, mais livre, mais solto, o que não era quando o encontrei esta manhã. quando parecia acuado e desesperado.

Ele passa o braço direito por cima de mim para alcançar a cor que está ao meu lado e solta uma risada quando se desequilibra um pouco e quase cai. Ah que risada doce...

Ouço um alarme muito alto, olho instintivamente para Lucas, que está parte por cima de mim, sem entender. Ele tenta dar de ombros, para demonstrar que não tem ideia do que é aquilo, mas se desequilibra, caindo por cima de mim, eu rio e ele me acompanha. Depois de um tempo ele sai de cima de mim e se senta, estendendo sua mão, me ajudando a levantar.

Fico de pé, ainda segurando sua mão, que ele logo solta para ajudar Matt a se levantar e saímos pelo corredor.

Ao fim do corredor, quando chegamos a parte em que ele se divide para a esquerda e para a direita, a porta da esquerda agora está aberta, seguimos por ali e encontramos diversas outras portas, a maioria está fechada, mas vimos pela janelinhas que são três salas de aula, duas de informática, uma de artes, algumas salas de aula normais e dois auditórios. Esse lugar é uma espécie de escola.

O último auditório é o único aberto, entramos e logo vemos aquela mulher, a tal de Alice, ela está de pé em cima do palco, parece que ela estava nos esperando. Não aguento mais todo esse suspense, acabou minha educação, estou muito afim de dar na cara dela.

– Imagino que vá dizer como os jovens são previsíveis – digo com raiva, Lucas me olha como se estivesse prestes a me passar um sermão. – Pois bem, pule essa parte e explique logo o porquê de estarmos nessa merda. Por favor, obrigada, de nada – falo ironicamente, estou com muita raiva.

– Ui, parece que há uma menininha irritada aqui – ela diz. Está pedindo para que eu bata nela, automaticamente dou um passo na direção dela, mas Lucas me agarra pela cintura e me prende junto ao corpo dele.

Não! – Ele sussura no meu ouvido. Eu estremeço um pouco, passando aos poucos o efeito da adrenalina. Relaxo e tento me acalmar.

– Parece-me que esse jovem consegue alcama-la facilmente, isso é fofo! – Ela sorri. Eu cerro meus punhos e Lucas me segura mais forte.

– Para de lenga lenga e desembucha – Lucas fala e eu seguro um sorriso, agora eu gostei.

– É! – Matt concorda com o irmão, até tinha me esquecido de que ele está aqui. Ele dá um passo é sai detrás do irmão, agora ficando ao nosso lado.

Dou um sorriso para Matt. Alice revira os olhos.

P.O.V. Judy off.
P.O.V. Alice on.

Um dia esses pirralhos vão me agradecer, eles não conseguem ver que isso tudo é para o bem deles. Um dia eles vão me agradecer...

P.O.V. Alice off.
P.O.V. Judy on.

– Então me deixem explicar, ou melhor mostrar - ela diz e a tela ao seu lado se liga.

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prepared, restarted & mutatedWhere stories live. Discover now