Capítulo 2 - O Controle!

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-David não veio? - meu pai pergunta para o homem vestido de terno ao lado de uma mulher formosa e linda.

-Ele vai chegar daqui a alguns minutos, ele vai trazer o pingente para leva-la... - minha atenção se redobrou. Como assim, me levar? Me levar para onde?

-Me levar? - levantei rapidamente do sofá. -Pra onde?

-Vamos comer primeiro Branca e depois conversamos... - odeio quando meu pai tenta me conter, ele sabe que não suporto quando fazem coisas pelas minhas costas.

-De jeito nenhum... - me afasto de minha avó quando ela tenta segurar meu braço.

-Fala logo filho. - meu avô intercede por mim, ele sempre é tão reservado, se ele falou é porquê deve ser sério. -Quanto mais cedo, mais tempo para ela...

-Para o quê vô? - eles falavam de mim como se eu não estivesse ali, odeio isso. -Da para alguém me explicar o que esta havendo? - falei quase pirando. Ouvimos a campainha tocar e Relógio foi quem abriu, enquanto o silêncio tomava conta do local.

-Sou David, meus pais já devem ter chegado. - ouvimos o rapaz e a voz me era conhecida, quando ele entrou, percebi que era o rapaz que havia me chamado de Dama, ele estava bem diferente, vestia uma camiseta polo branca, jaqueta de couro preta, calça jeans preta e bota, estava sem óculos e seu cabelo sem gel. Me surpreendi com tal beleza.

-Oi filho... - a mulher beija a testa dele.

-Olá Branca! - ele veio em minha direção e deu um beijo na minha bochecha. -Você está bem? - fito meu pai e meus avós, eu não acreditava que estudei oito anos de minha vida ao lado de um puro sangue.

-Por isso você só me chamava de dama? - falei involuntária, ele sorriu e olhou para seus pais.

-Nós precisamos conversar. - sua fala me deixou em alerta, nunca o ouvi falando naquele tom. 

Seus olhos percorrem meu pequeno corpo e vejo um leve sorriso em seus lábios, então toca meu ombro e fita meu pai que acena com a cabeça para todos se sentaram. Me juntei a meus avós no sofá maior, meu avô ao meu lado esquerdo e minha avó ao direito. Os pais de David se sentaram no sofá a minha frente com meu pai no canto. Mas o puro sangue se acomodou na poltrona ao lado esquerdo do meu sofá à frente de uma grande janela de nosso apartamento.

-Você conseguiu o colar? - o senhor chama a atenção de David.

-Sim... - ele assente abrindo a jaqueta e pegando algo em um bolso escondido. Era uma corrente fina, havia um pingente de rosa negra pendurado. -Foi difícil de achar, havia enigmas demais...

-Desculpa por isso, eu tinha que proteger... - meu avô se pronuncia coçando a nuca e David sorri. -Bela sentia o colar nesse mundo, e quase se transformou... - então a Dama Negra poderia se transformar no mundo real, por isso o medo de meu pai.

-Acho melhor explicarem o que esta acontecendo para Branca... - minha avó parecia ter ledo meus pensamentos.

O silêncio volta por alguns segundos e vejo que o puro sangue vai falar, mesmo que tenha hesitado, senti que ele tentava se fechar quando se tratava de lidar comigo.

-Você sabe quem você é? - David me pergunta enrolando a corrente na mão esquerda.

-Uma Dama Negra, certo? - olho para meu pai me lembrando das historias contadas por ele e minha avó Bela. David nega.

-Não, seu pai te contou que você não tem espada? - assenti. -Pois bem, você não é a dama negra, você é Columbus, a espada da deusa da morte...

-Como assim?

-A Dama negra somente é ativada quando a portadora da maldição toca na espada, e no seu caso a maldição esta sempre ativa, pois você é a espada... - meus avós arregalaram os olhos. -Quando Mulan se transformou na Dama Negra e se tornou imortal, a morte lhe fez uma visita, elas lutaram, até que conseguiu a autorização para que somente a portadora da maldição tivesse direito de matar a Fera, mas junto, a Deusa lhe deu um presente por ter ganhado na luta, lhe entregou sua própria espada, e gravou seu nome para que somente a Dama Negra pudesse controla-la... - minha avó respira fundo. 

Me Apaixonei pelo Puro Sangue - Voltando a publicar por pedidos!Onde histórias criam vida. Descubra agora