Capítulo 4 - Sentimentos

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Caminhamos entre as árvores por muito tempo e nenhum de nós ousou quebrar o silêncio, o caminhos era de pedras lisas e eram de várias formas e tamanhos. A lua estava cheia, as árvores balançavam conforme o vento sobrava, e pude ouvir as corujas nos galhos.

Chegamos em um lago grande e estava tão calmo que parecia um espelho no meio da floresta refletindo a lua, olhei para trás e David apagava a última tocha, agora estávamos sem nenhuma luz, somente com o luar.

-Jogue o punhal no lago! - o senhor, Lúcio e David se afastam.

-Como vou pegar depois? - David me olhou e sorriu.

-Somente jogue Branca! - sua voz foi tão calma que me deu confiança para fazer o que me pedira.

Respirei fundo, segurei na ponta do punhal e arremessei o mais longe que pude, ele girava no ar até que vi o objeto cair proporcionando pequenas ondas na água.

-E agora? - me virei para David.

-Agora é só ouvir... - franzi o cenho não entendendo.

-Mas ouvir o que? - nesse momento eu comecei a sentir.

Meu coração começou acelerar gradativamente, eu ouvia algo mas não conseguia decifrar, olhei para o lago e senti um arrepio, não acreditei quando percebi que o objeto estava falando comigo.

-Branca! - uma voz surge na minha cabeça.

-Quem é? - David sorriu junto com os outros.

-Sou seu coração, por qual razão me jogastes aqui minha ama! - me surpreendi, era como se eu estivesse querendo o mal do punhal.

-Como pego o punhal agora? - me viro para o senhor, eu estava começando a ficar aflita pela arma.

-Siga o seu coração! - Alfa fala sorridente.

-Mas você disse que foi congelado! - ele olha para o lago e me fita.

-O coração da Dama foi congelado para que o seu e a mente dela pudessem trabalhar juntos. Você é uma Dama Negra Branca, você tem poderes inimagináveis, pode fazer o que quiser. Agora vá e pegue seu punhal.

Olhei para o lago e cruzei os braços, eu tenho poderes mas não sei exatamente quais.

Decidi começar a andar em direção ao local onde havia caído meu punhal, quando meu pé tocou a água o lago se congelou, acabei sorrindo ao ver aquela cena e comecei a caminhar em cima do gelo me colocando ao meio do lago, me agachei onde eu sabia que estava o objeto.

Quando meus dedos tocaram o gelo um risco começou a ser desenhado até que pude decifrar que era uma rosa aberta, daquele desenho raízes surgiram quebrando todo o gelo a minha volta, somente me deixando em cima de um espaço pequeno de água congelada, a transparência do lago era tanta que pude ver o brilho da lâmina de meu punhal.

Coloquei a mão dentro da água, estava em uma temperatura que me era agradável e o objeto subiu até eu poder toca-lo, me levantei fitei os tr~es na margem do lago e comecei a caminhar de volta, onde meu pé tocava ficava uma pegada de água congelada. Chegando na terra não havia gelo algum.

O punhal estava em minha mão, suas vibrações eram calmas, como se meu toque proporcionasse aquilo.

-Gelo? - a voz de Lúcio trouxe-me de volta me fazendo fita-lo.

-O que mais ama na vida Branca? - o senhor retira o punhal de minhas mãos calmamente.

-Minha famíl...

Antes que eu pudesse responder, o vejo tirar uma de suas espadas e esfrega a lâmina no punhal, senti uma falta de ar e me escorei em meus joelhos, era como se sua arma estivesse sendo passado em minha pele.

Me Apaixonei pelo Puro Sangue - Voltando a publicar por pedidos!Onde histórias criam vida. Descubra agora