Capitulo 6

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Na mesma noite recebi uma mensagem, era o Diogo. Passamos a noite dentro a conversar por telemóvel, digitando e enviando mensagens, o que me dava tempo para pensar no que ia escrever para não fazer figuras de parva.
1 hora da manhã fui dormir com um sorriso nos lábios, já não me recordava de Enzo, tudo estava bem, para já.
Falamos durante uma semana por telemóvel até que numa manhã levantei-me e agarrei o telemóvel que nem uma obcecada, ele tinha deixado uma mensagem, que dizia o seguinte:
"Bom dia. Tudo bem? Que dizes a irmos tomar um café hoje à tarde comigo?"
Claro que aceitaria, eu estava interessada nele e ele quase de certeza retribuía o interesse.
Tinha de me arranjar, escolher a melhor roupa que tinha e pentear o cabelo. Não sabia se aquilo era bem um encontro, mas quer fosse quer não fosse, tinha de estar bonita.
Avisei as minhas amigas e elas começaram logo a disparatar conselhos, ignorei-os pois só me iam deixar nervosa.
Apareci no local combinado à hora certa. Ele também lá estava. Cumprimentámo-nos e eu  senti o toque dos seus lábios na minha bochecha e a mão dele a raspar no meu ombro.
Arranjámos uma mesa e pedimos dois cafés, não me apetecia beber nada mas o café tinha consumo obrigatório.
Eu perdia-me no seu olhar à medida que a conversa decorria e ele pareceu beber cada palavra que eu dizia o que me fez sentir especial.
Eu falava muito, ele era mais de ouvir, ele era engraçado, no entanto muito inibido, por minha vez eu já era mais extrovertida. Tínhamos personalidades diferentes e por isso era divertido descobrir os seus traços de carácter.
-Ainda não me calei um minuto, deves achar que sou uma chata.- afirmei baixando os olhos.
-Para mim és perfeita, não me canso de te ouvir.- contestou.
A tarde se passou, eram 19 horas quando cheguei para jantar, estava entusiasmada, o Diogo era deveras simpático e incrivelmente querido, fazia-me sentir bem a seu lado.
3 semanas depois, ainda falávamos e íamos sair novamente.
Desta vez , encontrámo-nos no mesmo café do primeiro encontro, mas não permanecemos lá, em vez disso fomos dar uma volta pela praia.
Estava calor e o sol, mais uma vez, raiava forte no céu. Estávamos já cansados de andar e sentámo-nos à beira mar, eu mergulhei as pernas na água, ele enterrou-as na areia.
-A água deve estar gelada. - comentou.
-Até está razoável. - afirmei.
-Não acredito- desconfiou, escondendo cada vez mais os pés na areia.
-Não confias em mim?- perguntei, rindo.
-Não!-exclamou com um ar sério e um tom de brincadeira.
Encarei-o e fiz um sorriso amuado.
Ele aproximou-se mais e acabou por molhar os pés, mesmo não querendo, lentamente colocou as doces mãos no meu rosto e num ápice encostou os seus lábios, retribui o beijo.
Afastou-se com um sorriso e olhando-me nos olhos perguntou:
- Queres namorar comigo?
- Quero.- nem hesitei na resposta.

Silêncio FatalOnde histórias criam vida. Descubra agora