Make this place your home (Shawn Mendes)

CAPÍTULO 26

"Pai, trouxeste as prendas todas?" pergunto depois de entrarmos no carro.

"Trouxe tudo o que estava debaixo da árvore de Natal." ele diz.

"Meteste tudo lá?" a Catarina pergunta e eu afirmo.

"Então estamos prontos," ele diz ligando o carro.

"ESPERA!" digo alto demais.

"Credo, o que foi?" pergunta a minha irmã.

"Esqueci-me da prenda do Shawn!" digo.

"Corre," é tudo o que ele diz antes de eu sair do carro e ir até casa a correr.

"Feito," digo metendo o cinto e ele começa a conduzir.

"O que lhe vais dar?" pergunta curioso.

"Comprei uma sweatshirt que ele me disse que gostava há umas semanas e fiz uma colagem de fotografias com umas quotes." explico.

"O que é que se passa entre vocês os dois?" ele pergunta.

"Nada," digo confusa.

"Sabes como é que eu sei que isso é mentira? Quando recebeste as más notícias foi com ele que procuraste conforto, não comigo. Eu não gosto de ser trocado mas como é pelo Shawn eu tolero a ideia." ele diz e eu fico calada o resto do caminho a pensar no que ele dissera e no facto dele estar certo.

Tirámos tudo do carro e fomos para casa deles o mais depressa possível porque estava a nevar. Embora adorasse ver nevar porque não tinha disso em Portugal, estava muito frio como é óbvio e não sabia se aguentava muito tempo. O Manuel abriu a porta e depois de nos apresentar aos pais da Karen fomos para a sala onde estavam os irmãos dele. À partida eles já me teriam conhecido visto que também conheciam o meu pai só que como eu era muito pequena já não me lembrava disso.

"Chegaram?" ouço a voz do Shawn vinda do andar de cima.

"SIM!" a Aaliyah grita enquanto se dirigia ao seu quarto com a minha irmã para ir ter com as duas primas e com o primo que também eram mais ou menos da idade delas.

"Não te sentes!" diz-me assim que entra na sala.

"Nossa, olá! Também tive muitas saudades tuas," digo ironicamente e eles riem.

"Olá, fofinha." sorri abraçando-me.

"Nós vamos lá fora e já voltamos!" ele avisa-os.

"Porquê?" pergunto confusa.

"É o teu primeiro Natal com neve, tem que ser registado!" ele diz.

"O rapaz tem razão," o meu pai diz.

"Até já," digo dirigindo-me à porta e vestindo o meu casaco.

"Isso não chega! Anda cá," ele diz colocando um dos seus gorros na minha cabeça e dando-me um cachecol que estava à entrada.

"Arrependi-me," digo assim que saímos de casa e ele ri e manda-me uma bola de neve para a cabeça.

"Rude!" refilo começando a fazer bolas de neve para lhe mandar. Assim se iniciou uma luta que, embora divertida, não durou muito.

"Estás a tremer!" ele diz.

"Eu sei," digo arrepiada.

"Anda cá," ele diz.

"Em paz certo?" pergunto.

"Prometo," diz e eu ando até ele. Assim que estava a uma curta distância ele colocou os braços à volta da minha cintura e o meu coração acelerou.