CAPÍTULO 59

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"Pai, hoje vou passar o dia fora!" aviso quando o vejo no sofá da sala da nossa casa em Portugal. Desde Novembro até às férias de Natal o tempo voou e sem dar por isso já estava em Portugal outra vez.

"Calculava que sim. À noite vamos comprar as prendas de Natal que faltam, ok?" pergunta.

"Está bem," sorrio e dou-lhe um beijo na bochecha saindo de casa de seguida. A Catarina tinha ido dormir à casa de uma amiga por isso hoje o meu pai tinha o dia para ele o que era bom.

Na verdade eu só tinha planos à hora de almoço mas queria ir à campa da minha mãe sozinha. A primeira coisa que fizemos quando chegámos foi visitar a campa dela mas eu queria fazer isso outra vez e sozinha. Quando cheguei respirei fundo tentando conter as lágrimas que começaram a escorrer. Ajoelhei-me ao pé da campa e estive em silêncio simplesmente a relembrar alguns dos momentos que viveramos juntas.

"Fazes muita falta, mãe!" susurro entre soluços e levanto-me saindo do cemitério.

Acalmei-me e quando já estava bem comecei a andar em direção ao sítio onde ia almoçar com os meus amigos. Quando cheguei eles já estavam lá por isso fui ter com eles à mesa e mal me viram levantaram-se e vieram abraçar-me porque ainda não tinham estado comigo visto que só estava lá há um dia.

"Finalmente estás cá!" diz a Inês sorridente.

"Digo o mesmo! Já estava cheia de saudades vossas," sorrio e sento-me.

"Sim sim... Com as celebridades todas deves ter muitas saudades!" o Paulo diz.

"Não sejas parvo! Novos amigos não implica esquecer os antigos! E depois de os conhecer até me esqueço que são celebridades." digo sinceramente.

"Nós sabemos, somos insubstituíveis!" o Henrique diz e eu rio.

"Vês como sabes?" pergunto retoricamente e sorrio.

Fizemos os pedidos e depois de chegarem fomos comendo enquanto conversávamos.

"Podias era apresentar-nos esses teus amigos hot." diz a Beatriz.

"Quais deles?" pergunto.

"Já viste a injustiça? Nós presas com estes cromos e tu com canadianos e americanos lindos." diz a Inês e eu rio face aos protestos dos rapazes. Tirei o telemóvel e procurei uma fotografia com o meu grupo de amigos canadiano.

"Eles querem vir cá a Portugal como já sabem mas acho que têm azar meninas porque este namora com esta. Estes dois estão sempre às turras e eu shipo por isso esqueçam. Este aqui não é de namoros mas acho que está de olho em alguém. Este é o mais giro e canta e tal e está ocupado." digo apontando e eles riem quando eu falo do Shawn.

"Então resta-nos a outra squad portanto!" diz a Patrícia.

"Sim... E não ficariam nada mal servidas!" pisco o olho.

"Ainda é tão estranho saber que namoras com um cantor super conhecido." diz o Pedro.

"Pensa que antes de ele ser conhecido já namorávamos. Assim é menos surreal," explico porque até para mim era estranho às vezes e era isso que me fazia manter tudo normal.

"Continua a ser estranho! Como é que é namorar com uma estrela?" pergunta a Patrícia.

"Tem as suas desvantagens... As coisas eram mais fáceis antes de ele ser conhecido. Não tinha que levar com ódio e não tinha que estar longe dele tanto tempo. Já não o vejo há dois meses!" digo honestamente uma vez que a minha ida para Portugal e o regresso dele ao Canadá tinham coincidido.

"Mas desde aquilo da Ellen as pessoas falam bué bem de vocês. Sim, Sara, nós estamos sempre a par de tudo." diz a Inês e eu rio.

"Sabem que eu dispenso a parte da atenção mas se isso é uma consequência de namorar com ele então que seja!" digo.

Make this place your home (Shawn Mendes)Onde histórias criam vida. Descubra agora