CAPÍTULO 15

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"Divirtam-se," o meu pai diz deixando-me a mim e ao Shawn perto do estádio onde iriamos ver um jogo de hóquei.

"A ver hóquei? Duvido," gozo.

"Não te preocupes, Luís. Vou certificar-me de que ela está uma canadiana daqui a muito pouco tempo!" o Shawn diz.

"Boa sorte com isso," o meu pai diz.

"Estou a tentar!" diz e saímos do carro.

Acenámos para o meu pai e começámos a andar na direção do estádio a passo acelerado.

"Despacha-te!" diz o Shawn acelerando ainda mais o passo uma vez que não tínhamos chegado tão cedo como ele desejava.

"Shawn, por cada passo teu eu dou dois!" refilo esforçando-me por acompanhá-lo.

"Anda lá, refilona!" diz agarrando na minha mão e puxando-me com ele.

Entrámos no estádio e fomos para os nossos lugares. Visto que era a primeira vez que estava naquela parte do estádio fiquei a observar tudo atentamente sem deixar nenhum pormenor escapar.

"Queres uma foto?" pergunta.

"Sozinha não," nego.

"Eu tiro-te uma e depois tiramos juntos!" diz e eu concordo.

Tirou-me uma fotografia panorâmica e depois tirámos umas quantas selfies.

"Nestes meses acho que tirei mais fotos contigo do que tirei com a minha irmã a minha vida inteira." diz e eu rio.

"Habitua-te! Eu e as selfies temos uma relação muito próxima." gozo fazendo-o rir.

Sentámo-nos e passado um bocado o jogo começou. O Shawn foi-me explicando as coisas todas sem que eu tivesse que perguntar nada e tenho que admitir que acabei por adorar o jogo e a atmosfera do estádio. Depois do jogo o meu pai levou-o a casa porque ele tinha dito que tinha mesmo que ir e nós os dois fomos jantar fora.

"Então, filha, o que queres fazer amanhã? Convidei-os para irem lá jantar mas não sabia se querias fazer mais alguma coisa." diz.

"Isso é perfeito! Não me apetece fazer mais nada. Só o Shawn é que sabe que eu faço anos e eu não faço tensões de dizer a mais ninguém." admito.

"Porquê?" pergunta confuso.

"Não me apetece fazer nada este ano," encolho os ombros.

"Tens a certeza?" pergunta preocupado.

"Absoluta," afirmo com a cabeça.

"Amanhã temos que arranjar maneira de falar com a tua mãe e com a tua irmã mais tempo que só o pequeno almoço." ele diz visto que essa era a essa hora a que falávamos todos os dias.

"Elas vão arranjar maneira," digo sabendo que a minha mãe não ia querer perder-me a apagar as velas.

Sempre que falo delas ou com elas sentia tantas saudades e só me apetecia voltar para Portugal. Com o meu aniversário a bater à porta sentia saudades a dobrar e era ainda mais difícil estar longe.

Acabámos de jantar e quando chegámos a casa fui dormir de imediato. No dia seguinte acordei com o meu telemóvel a vibrar e nem me dei ao trabalho de ver quem era sabendo que era a minha irmã e a minha mãe. Mal atendi ouvi duas vozes a cantar-me os parabéns e isso fez-me sorrir.

"Obrigada," digo sorridente.

"Mana, tenho saudades tuas." a Catarina diz.

"Eu também," digo sinceramente.

Make this place your home (Shawn Mendes)Onde histórias criam vida. Descubra agora