CAPITULO 2

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Entro na minha sala, ligo o computador e vou verificar os e-mails. Infelizmente, não tem nenhum relevante, nada que eu precise para me ajudar a desvendar esse mistério. A menina está alegando que foi estuprada por quatro homens do tráfico. Sendo que ela é conhecida por frequentar os bailes do morro e se envolver com os bandidos. A polícia está investigando, mas ainda não acharam nada que comprove o que a menina alega. O exame de corpo de delito constatou que não houve estupro, mas como foi feito cinco dias após o fato, não é considerado válido.

Na minha opnião, essa garota foi porque quis e agora que a história vazou está querendo se fazer de vítima. Preciso desvendar esse caso antes da polícia. É a matéria que eu preciso para ficar conhecida nacionalmente. Já até consigo imaginar a matéria: "Jornalista desvenda o caso de estupro coletivo antes da polícia". Saio dos meus pensamentos quando escuto meu telefone tocar.

- Bom dia, Nique. Achei que estivesse de plantão hoje. - Monique Dantas é minha melhor amiga desde o jardim de infância. Sempre estudamos juntas, só nos separamos na faculdade. Quando eu fui cursar jornalismo e ela medicina. Posso dizer com convicção que ela é uma das melhores médicas que conheço. Não a imagino exercendo outra profissão, ela cresceu dizendo que seria médica e hoje é realizada fazendo o que mais ama.

- E estou. Agora, está tranquilo por isso estou ligando. Saio às dezoito horas, vamos jantar? Não aceito não como resposta. Nem eu que faço plantão com frequencia trabalho tanto quanto você.

- Se você já disse que vou, quem sou eu para discutir com você. - Nique era assim, quando decidia uma coisa, não tinha quem a fizesse mudar de idéia. Apesar de não nos vermos mais com tanta frequencia por causa dos nossos trabalhos, nos falamos diariamente pelo wattsapp. Sei que posso contar com ela para qualquer coisa.

- Ainda bem que você sabe. Te pego às vinte horas. Vou dormir em sua casa depois e nem ouse dizer que vai trabalhar novamente. Hoje teremos nossa noite de meninas. Estamos precisando relaxar.

- Estamos mesmo. Até mais tarde, amiga - Ela tem razão, estamos precisando relaxar. Ela vive naquele hospital e eu aqui no jornal. Nossa profissão exige muito de nós e não reclamamos, escolhemos seguir esse caminho e somos felizes assim. Claro que sentimos falta de nos vermos com mais frequencia, por isso aproveitamos cada minuto quando conseguimos uma folga.

Passei o dia dentro da sala, analisando o caso, tentando achar algo que comprovasse a minha tese. Não saí nem para almoçar, comi um biscoito que sempre levo na bolsa para emergências como essa.

O dia passou tão rápido, que só percebo que ele acabou quando o Enzo vem se despedir de mim. Peço que ele espere um minuto, desligo tudo e saio com ele. Me despeço do meu chefe, entro no carro, coloco uma música para relaxar e vou para casa.

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