4º Capitulo: "Sou uma assassina"

570 41 3
                                    

Cristy estava quase a morrer, aqueles feitiços tinham-na deixado muito fraca. De repente aconteceu uma coisa muito estranha, o espirito de David, o pai de Demi, apareceu e Cristy mudou de atitude:

- O que é que aconteceu? – disse Cristy, com uma voz rouca.

- Nós conseguimos! – disse David.

- Nós… Tu conseguiste. Como é que tu foste capaz, ela é nossa filha. – disse Cristy zangada.

- Por ser nossa filha é que tem que nos ajudar a conseguir vingança.

- Ela agora é um deles… Tu queres destruir todos eles, és capaz de acabar com ela juntamente com os outros?

            - Isso era o preço a pagar pela minha vingança!

            - Como é que és capaz de dizer isso?

            Cristy sentiu um arrepio enorme, foi como se alguém a empurra-se, como se alguém tivesse passado pelo meio do seu corpo e de repente David já não estava lá e Cristy voltara a ser a vilã de antes.

Niall levou Demi para Starling City e aposentou-a num quarto especialmente decorado para ela… Demi ainda estava inconsciente e no momento em que Niall a olhava com remorsos, ela acordou como se estivesse sem ar. Demi estava diferente, mas continuava com medo e quando viu Niall:

- O que me fizeste? O que é que se passa o que és tu? Onde raio estou eu?

Niall aproximou-se e agarrou na mão de Demi.

- Larga-me. – disse Demi correndo para o outro lado do quarto.- Responde-me.

- Este é o teu novo quarto, esta é tua nova vida e tu és uma nova pessoa.

Demi começou a chorar desesperadamente e com medo:

- Eu não quero isto, eu só quero voltar para casa…

- Calma, eu… Não sei o que fazer, como te ajudar!        

- Eu sei! Leva-me para casa e nunca mais me procures.

- Isso é impossível! Tu agora és diferente, és algo mais! – disse Niall se aproximando de Demi.

- Mas, porquê eu, porquê a mim?

Niall dá a mão a Demi e puxa-a para o sofá:

- Porque és especial, tu és tudo aquilo que sempre quis, tudo o que eu sempre sonhei.

- Mas, se eu sou assim tão especial, porque é que me fizeste aquilo, espera… O que é que me fizeste? Eu não me lembro de nada…

- Isso é normal… Faz parte da adaptação!

- Adaptação ao quê?

            - Ao vampirismo…

            - Tu queres dizer que eu sou uma…

            - Vampira, sim és. E estás a adaptar-te, ainda vais passar por muita coisa!

            - Isso é impossível, vou sair daqui!

            Demi começou a correr como o normal, rápido para um humano, mas devagar para um vampiro. Niall correu atrás dela e como é obvio apanhou-a, mas o que Niall, não imaginava é que Demi estava a adaptar-se rapidamente e atirou Niall contra a parede com a força de três vampiros, e correu sete vezes mais rápido do que Niall, ele tentou segui-la, mas era impossível.

            - Demi! Volta! Tu não sabes controlar-te… em relação ao sangue. – gritou Niall, para fazer Demi voltar para tás, mas não valeu a pena… Demi já iria a uns 500 metros dali!

            Niall correu à procura do Ruah. E encontrou-o na sala do trono a limpar o altar da rainha.

            - Ruah, ela fugiu. Temos de ir atrás dela. Chama todos os soldados, vamos procura-la.

            Ruah fez o que Niall ordenou. Todos os soldados estavam ali naquela sala à espera das ordens de Niall:

            - A minha rainha, está perdida devido à sua adaptação… Eu quero que a encontrem e ma tragam sã e salva. Áh, e mais uma coisa… Cuidado com ela, ele é ligeiramente mais forte que nós!

            - Mais forte majestade? – questionou Ruah.

            - Não sei o porquê Ruah… Mas é muito mais forte do que nós os dois juntos, acredita.

            - Estranho, isso não é normal, majestade!

            - Pois não, talvez porque é uma recém-nascida.

            - Perdoe-me majestade, mas eu já vi muitos recém-nascidos e nenhum era tão forte como o senhor descreve a rainha.

            - Não faço a mínima ideia como sejam os recém-nascidos, ela é a minha primeira cria… Mas tu não achas que sege problema do meu sangue?

            - Não posso dar certezas, senhor.

            - Bom, mas isso não é importante. O importante é que temos de a achar antes que ela mate alguém, ou se mate a ela própria!

            Demi estava perto de um rio, quando a correr caiu a um buraco… Demi estava tão assustada e confusa: “Eu sou uma vampira! Como é que eu corri assim tão rápido? Eu tenho tanta força. Supostamente estou morta, mas sinto-me mais viva que nunca! As sensações, a visão, a audição, o tato… E o melhor, aquilo que quero sentir com mais vontade aquilo que quero experimentar com mais certeza, o olfato e o paladar… Sinto que estou perto, sinto um odor ótimo no ar e lambo os lábios só de cheirar. Tenho que sair deste buraco.” Demi abaixou-se e com toda a sua força agora reforçada atirou-se ao ar, e foi como se tivesse ganho asas. Demi conseguiu sair do buraco e correu em direção de um casal que estava a namorar à beira rio. Demi sentiu de novo aquele cheiro, mas desta vez mais forte, era ali que estava a fonte daquele cheiro.

            Niall continuava a procurar Demi, ele estava perto, ele sentia…

            - Senhor, estão aqui humanos… Eu estou a ouvir! – disse Ruah.

            - Vamos, rápido Ruah. Temos de a impedir!

            Demi não estava a perceber de onde vinha aquele cheiro, até que a rapariga espremeu uma borbulha ao seu namorado, a borbulha largou sangue e Demi percebeu que aquilo era a fonte do odor apetitoso, Demi não pensou duas vezes e atacou.

            Ruah meteu-se à frente de Demi, ela empurrou-o, mas ele voltou e agarrou-a pelo pescoço, Demi com toda a sua força, torceu o braço de Ruah e atirou-o ao chão, Demi correu e mordeu o rapaz no pescoço… A rapariga gritava.

            Niall agarrou Demi pelas costas e ela atitou-o à água. Ruah, voltou a atacar e desta vez nem perto de Demi chegou. Demi fez um escudo à sua volta, como se fosse magia.

            - Demi para, nós iremos te ajudar… Issa raiva que sentes é só uma ilusão. – disse Niall.

            Demi parou, olhou à sua volta e começou a chorar. Demi olhou para o rapaz que estava morto no chão e antes de correr de novo com medo e com raiva disse:

            - Eu sou uma assassina!

OrimaOnde histórias criam vida. Descubra agora