Capítulo 8

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Capítulo: Escolhas...
Narradora: Vanessa

       Chegando em casa fui dormi direto afinal o dia foi longo e teve muitas coisas eu nem vi a noite passar.

(...)

        Acordei por vontade própria, sem alarme nenhum tocando, e hoje era sábado e estou livre para descansar e me divertir, então levantei devagar da cama e fui tomar um banho porque afinal ontem não tomei banho porque eu estava o puro sono e cansaço, então tomei um banho de respeito com direito até a lavar o cabelo.    
        Depois do banho sai embrulhada na toalha e vesti uma blusa lilás folgada e coloquei um short jeans azul marinho e penteei meu cabelo e deixei solto para secar, e coloquei uma havaiana no pé e sai do meu quarto descendo as escadas e assim que cheguei na cozinha eu vi o almoço pronto, então olhei a hora no relógio que havia pregado na cozinha e era 12:30.

- Credo eu dormi muito - Eu disse para mim mesma, e então meu irmão apareceu na cozinha.

- Dormiu muito em maninha - Meu irmão disse sorrindo e sentou em uma cadeira, e eu coloquei meu almoço e sentei em outra cadeira.

- Realmente dormi muito, mas eu estava precisando - Eu disse e comecei a comer a comida, que era um salpicão de frango, com arroz branco, batata palha e uma salada de alface com tomate, uma comida bem brasileira e que eu amava.

- Nossa, isso está uma delicia em maninho - Eu disse.

- Que bom que gostou, afinal aprendi com o nosso pai essa receita brasileira - Ele disse

- Nosso pai sabe cozinhar muito bem e você pelo jeito aprendeu certinho - Eu disse e continuei a comer a comida.

- Você sabe que eu sou um ótimo aprendiz - Ele disse se achando e eu ri.

- Como está a vida? - Perguntei.

- Normal e a sua? - Ele perguntou.

- Está indo, mas está muito legal no meu trabalho eu estou indo super bem - Eu disse empolgada.

- Fico feliz por você estar gostando, mas só você mesmo para achar legal o trabalho de policial - Ele disse e começou a lavar as louças.

- Ha não é ruim, e eu gosto - Eu disse e terminei de almoçar e coloquei o prato para ele lavar.

- Eu não vou discutir sobre gosto, ok - Ele disse dando de ombros e eu comecei a enxugar as louças.

- Se não existisse pessoas no mundo que decidisse arriscar as suas vidas para salvar a vida das outras pessoas, como séria o mundo? - Perguntei séria.

- Eu sei o mundo precisa de pessoas como você que se arriscam para salvar a vida das pessoas, mas isso não muda a minha opinião sobre a sua profissão ser muito arriscada e perigosa, e você sabe que me preocupo com você - Enzo disse.

- Eu sei, mas eu me cuido muito bem e você pode ficar tranquilo - Eu disse colocando a mão no seu ombro.

- Diz isso para uma pessoa que ficou anos se preocupando com o nosso pai porque ele demorava voltar do serviço, e eu não sabia se ele iria voltar para casa, por causa da maldita profissão dele - Enzo disse com a voz um pouco embargada e eu até me assustei porque ele nunca foi muito a pessoa sentimental e que fala essas coisas, mas agora percebo que ele sempre sofreu por causa da profissão do meu pai.

- Eu não sabia se ele iria voltar para casa, eu sempre pensava que ia acontecer com ele o mesmo que aconteceu com a nossa mãe - Enzo disse e eu fiquei calada, sem saber muito o que falar.

- Você sabe que eu sempre sofri com isso também, inclusive ainda sofro com a morte da nossa mãe - Eu disse séria.

- Mas escolheu justamente a profissão dele para seguir carreira - Enzo disse e terminou de lavar as louças e encostou as costas na beirada da pia me encarando.

- Eu sei disso, mas escolhi porque eu percebi o porque o nosso pai gosta tanto de ser policial e o que motiva ele a ser policial todos os dias até hoje - Eu disse séria.

- O motivo e ver o sorriso do cidadão no fim do dia, o motivo e você ver o abraço de uma família que por causa de um bandido quase foi separado, mas você estava lá para salvar essa pessoa, para ajudar ela - Eu disse encarando meu irmão.

- Nada vale mais naquele momento do que escutar um simples "obrigado" dessa pessoa, e você na noite deitar a sua cabeça no travesseiro e sorrir lembrando do que você fez naquele dia, você salvou uma vida, você ajudou alguém, isso é precioso e valioso, e só quem entende isso decide ser policial - Eu disse.

- E mais valioso do que perde a vida, ai a pessoa que você salva tá lá abraçando a família dele e você morta, com a sua família chorando pelos cantos da casa - Ele disse tão sério que chegou a dor no meu peito.

- Esse e o risco, e o sacrifício que eu decidi fazer, e ninguém vai mudar isso, nem o meu pensamento - Eu disse curta e séria e ele ficou calado me encarando, e saiu da cozinha, e eu respirei fundo tentando controlar meus sentimentos e terminei de enxugar as louças e bebi um copo de água, e sentei na sala e liguei a televisão e estava passando 'Como eu era antes de você' e então decidi assistir.

       Tinha passado meia hora e escutei o barulho do sapato de Enzo batucar nos degraus da escada, então preferi nem olhar para ele, e logo senti ele sentar do meu lado no sofá e ficou assistindo o filme comigo em silêncio.

(...)

       Quando o filme terminou eu senti Enzo passar seus braços pelo meu corpo e me abraçou e eu encarei ele.

- Me desculpa pelo o que eu te falei, mas e que eu sinto falta do nosso pai que está morando longe, sinto falta da nossa mãe que morreu, e sinto falta da nossa irmã que está mais longe ainda, e eu acabo me preocupando muito com você, por isso acabo me alterando as vezes e acabo falando umas coisas desnecessárias, apesar de que são verdadeiras e você sabe disso, mas eu te amo maninha - Enzo disse e eu retribui o abraço dele.

- Eu sei disso tudo, e sinto falta de cada um deles também, mas em relação a minha profissão eu sei que e perigosa mas isso foi uma decisão minha que já foi tomada, e eu não vou voltar atrás só porque você falou umas coisas que realmente são verdades, e você tem que aceitar isso e perceber que eu sei me cuidar e estou fazendo algo que eu gosto e amo, então tenta aceitar - Eu disse séria.

- Ok ok entendi, vou tentar aceitar mais essa sua decisão, mas vê se toma cuidado eu amo você demais para te perde cedo - Ele disse e eu sorri.

- Eu sei maninho, e eu tomo meu cuidado e você pode ficar tranquilo, e eu também te amo - Eu disse e dei um beijo na sua bochecha e olhei as horas no seu relógio de pulso, e era 13:30.

- Eu preciso ir agora me arrumar, eu vou sair - Eu disse.

- Vai para onde? - Enzo perguntou curioso e eu levantei do sofá.

- Vou passear - Eu disse e subi as escadas sem escutar o que ele disse.

        Decidi vesti uma regata branca que era mais fechada e um pouco curta, então coloquei uma calça jeans de lavagem azul clara que era cintura alta, então coloquei um cinto preto e um tênis branco, e coloquei um relógio de pulso e um colar no pescoço, então passei perfume e desodorante, e penteei meu cabelo deixando ele solto e jogado para o lado, e por último passei uma maquiagem bem leve e peguei minha bolsinha e coloquei meu cartão de crédito, meu celular e a chave de casa, depois desci as escadas e sentei na sala e fiquei mexendo no celular até escutar a campainha tocar.

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