Jantar

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Manuella P.O.V

Estranho definiria muito bem aquela situação, quer dizer, TODOS olhavam para nós. Até os velhinhos (que eu nem imaginava que assistiam lutas, ou que tinham acesso a redes de fofocas) nos olhavam, e muitas nerds também, a maioria me encarava com desprezo, eu sabia que o Felipe era o tipo prodigio e popular nesses ramos de exatas, mas não que ele causava tanto impacto nessas garotas (que eu tenho certeza q se tirassem esses moletons ficariam lindas, tipo aqueles filmes), mas ele não parecia se importar cm a quantidade de olhares, então resolvi ignorar também, afinal, não é todo dia que você está em um encontro com um cara tão lindo como ele.

Felipe P.O.V

O povo não para de olhar... O que fazer:

1. Matar todo mundo com meu poder mental que eu não tenho

2. Fingir que estou completamente despreocurado para transmitir boas energias para tudo e todos.

Ok, a segunda opção era chata, mas quando olhei pra Manuella e vi seus nervos quase saindo pelos olhos decidi que era melhor não matar ninguém por enquanto.

Finalmente chegamos na mesa, com muita dificuldade, admito. Mal havia chegado e já estava quase pedindo a conta.

Pedimos vinho (tinto, um tal de Casellero Del Diablo, ou coisa assim, muito bom na verdade),e o prato da casa (não estava muito em conta, tipo, nem um pouco em conta!! Isso vai pesar bastante no meu bolso) que quando chegou era macarrão (eu poderia ter cozinhado aquilo .-.).

Manu parecia querer disfarçar sua vontade de atacar o prato, e sem querer soltei uma leve risada, ela olhou pra mim confusa, e o meu olhar pareceu entregar tudo.

Manu: Olha, tem muita gente olhando, e eu to meio nervosa... E admito que com fome. -Ela disse como se estivesse se desculpando

Felipe: Sinceramente? Quero pegar esse prato e levar pra gente comer no carro - Disse querendo parecer discreto enquanto olhava para os lados. Ela riu. Pelo menos isso funcionou.

Manuella P.O.V

Era bom ver o sorriso dele no meio dessa confusão toda. Ver seus olhos se estreitando enquanto fingia interesse em o que as pessoas pensavam, talvez não fosse fingimento, mas ele se esforçava pra parecer ser, e eu me esforçava pra parecer acreditar.

Eu estava apaixonada por ele, e isso (in)felizmente era inevitavel, porque a qualquer momento ele poderia cansar das cameras, e de todos nos olhando e terminar comigo. E isso iria doer, muito.

Embora nunca tenha tido algum relacionamento, eu sabia a dor de perder alguem, ou pelo menos imaginava como era. Mas preciso confiar nele, preciso confiar que vai ficar tudo bem.

Felipe: Manu...-Disse me tirando de meus pensamentos- Ta tudo bem?- Ele me olhava estranho, então percebi que estava chorando.

Já haviamos acabado o Jantar, a ideia era ir pro cinema mas imaginamos que não seria tão bom assim... Então decidimos ir pra praia, conversamos um pouco de tudo, ja era tarde quando sem perceber toquei no assunto. Estavamos na areia, ele sentado com as pernas esticadas em direção ao mar, e eu deitada em seu colo, olhando os movimentos instantaneos das ondas

Manu: As vezes tenho medo de você cansar de mim, virar e falar "Esses flashs estão atrapalhando a minha vida, Adeus" - Ele riu da voz q fiz

Felipe: Eu não seria louco, nem se você quisesse - Disse revirando os olhos enquanto ria, o que me fez sentir confortavel.

Eu o amo e é isso que importa.
Sem perceber o sol ja estava nascendo, e pude me sentir nova de novo.

O Nerd E A BoxeadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora