Sexto Capítulo

75 5 0
                                    

Jack ficou ficou treinando o dia inteiro. Só nos vimos a noite, na hora do jantar, ele estava suado e cansado. Terminamos de comer e fomos dormir. Acordei no dia seguinte com Jack me chamando.

- Merida, acorde. Temos que partir.

Jack saiu da tenda. Eu me arrumei e arrumei as coisas. Sai da tenda e nós fomos até a entrada do Labirinto de Emerald, onde, não só Thoken, mas todos os centauros estavam nos esperando. Thoken veio até nós.

- Merida, a menina e Jack, o lobo, nós centauros, desejamos a vocês toda a sorte que os Três Reinos pode conter. Temos presentes que vão ajuda-los nessa jornada.

Thoken fez um gesto e duas centauros se aproximaram. Uma delas era Unas, que estava segurando um punhal e a outra segurava um arco e flechas

- Para Jack, um arco e flechas.

A centauro que estava segurando o arco e as flechas se aproximou de Jack e lhe entregou o presente.

- Para Merida, um punhal como recordação da vossa passagem pelo Reino de Emerald.

Unas veio até mim e estendeu o punhal, eu o peguei e ela me mandou uma piscadela.

- Muito obrigada por tudo que você fez por nós Thoken. Espero retribuir o favor um dia.

- Fiquem vivos e isso será o suficiente.

Sorri para Thoken, eu irei sentir saudades dele. Jack e eu nós viramos para o portão, ele pegou minha mão e me deu um olhar encorajador.

O portão começou a ranger e a se abrir, nós entramos e com um estrondo ele se fechou. Uma brisa gelada e arrepiante passou e o medo tomou conta de mim.

- Nós vamos conseguir. - Disse Jack, ele deu um sorriso meio torto - Nós vamos salvar a floresta.

Respirei fundo, peguei o mapa que Thoken havia nos dado e com cuidado eu abri o papel.

- Temos que ir reto e virar a direita lá na frente.

- Ok. - Jack colocou as flechas nas costa e segurou firme o arco - Vamos.

Começamos a caminhar.

- Quando você acha que vamos vê-lo? - Perguntei.

- Sinceramente? Eu espero nunca ver ele.

Ele olhou para mim com um sorriso.

- Só você para...

O chão começou a estremecer, o vendo a soprar mais forte e ouvimos passos pesados se aproximando.

- Corre! - Gritou Jack.

Começamos a correr até o corredor terminar em duas passagens, uma para esquerda e outra para a direita.

- Direita!

Corremos para a direita e seguimos em frente, eu gritava quando era para virar, depois de um tempo os passos pararam.

Eu e Jack estavamos ofegantes, então paramos um pouco para descansar. Peguei o cantil, tomei um gole e passei para Jack.

- Obrigado. - Ele pegou o cantil, deu um gole e me devolveu.

As paredes do Labirinto de Emerald eram feitas de imensos blocos de pedras. Tudo ali dentro tinha um ar triste e pesaroso.

Depois do nosso descanso, voltamos a andar, andamos até o anoitecer, fazendo algumas pausas no caminho.

- Eu fico de vigia primeiro. - disse Jack.

- Está bem.

Jack se transformou em lobo e eu deitei no chão, usando a mala como travesseiro. Foi muito difícil pegar no sono.

Acordei com Jack me chacoalhando. Estava tão escuro que nem consegui ver o rosto dele direito. Ele fez um gesto para eu ficar em silêncio e para eu me levantar. Levantei, peguei a mochila e abri o mapa.

Esquerda, gesticulei com a boca. Depois de virar a esquerda três vezes e a direita duas, nós paramos para descansar. Jack estava com uma cara muito séria, o que fazia ele parecer bem mais velho.

- O que foi? - perguntei.

- Ele está perto.

- Minha vez de ficar acordada. Você pode descansar.

Ele concordou com a cabeça, se transformou em lobo e se ajeitou em um canto. Fiquei acordada o resto da noite, olhando para os lados e torcendo para que o minotauro não aparecesse.

O Despertar das FadasOnde histórias criam vida. Descubra agora