- Merida, acorde. Nós temos que ir. - Disse Jack me chacoalhando de leve.
- Hm... - Resmunguei.
- Vamos Merida. Nós vamos voltar para casa.
Jack saiu do quarto e esbocei um sorriso. Voltar para casa, essas palavras enchiam meu coração. A saudades que eu estava sentindo da minha vó, da floresta, de colher amoras, do lago, das fadas...
Levantei e me espreguicei. Troquei de roupa e fiz uma trança em meus cabelos. Peguei a mochila e desci para a grande sala.
Max estava com os cabelos despenteados e os olhos cansados, provavelmente passou a noite em claro cuidando das coisas.
- Ajustaremos os detalhes do plano assim que chegarmos no Reino de Silver. - Ele disse.
- Ok.
- Aqui. - Max disse entregando um copo para mim e para Jack. - Essa é a poção de teletransporte. Assim que beberem vocês tem que visualizar o lugar que você querem ir.
- Vamos para a Árvore de Sabugueiro.
Lá vamos nós, pensei. Respirei fundo e deu um gole gigante na poção.
- Só avisando, o gosto é horrível. - Maxswell disse.
Ele estava certo. A poção era gosmenta e tinha uma coloração esverdiada. Os primeiro instante não foram tão ruim, tinha gosto de ervas sujas. Mas depois um gosto de lama misturado com álcool e com o crocante de sementes amargas começou a tomar conta da minha boca.
Árvore de Sabugueiro, pensei e visualizei a árvore.
Uma sensação estranha começou como um pequeno beliscão na minha barriga, mas com o tempo começou a se expandir, pude sentir cada parte do meu corpo sendo beliscada. E então minha visão começou a embassar.
Fechei os olhos, já que a visão embassada estava começando a me dar dor de cabeça. Mas assim que abri, lágrimas começaram a brotar em meus olhos.
A Árvore de Sabugueiro estava sem folhas e sua madeira parecia estar podre. E o que antes era grama, agora não passava de folhas secas. E as copas das árvores também não existitam mais, e as que existiam estavam murchas e sem vida. A floresta estava morta. Meu coração começou a quebrar em mil pedacinhos.
- Merida... - Disse Jack pondo a mão em meu ombro. - Vamos para a sua casa.
- Espere.
Comecei a andar até a Árvore de Sabugueiro. Todas as fadas estavam ali, mas elas estavam dormindo e estavam tão pálidas.
- Elas estão dormindo.
- As fadas fazem isso quando estão fracas. - Disse Maxswell olhando para mim com um olhar triste. - Eles entram em um tipo de hibernação para fazer com que a magia dure mais tempo.
- Bom, vamos logo. - Eu disse com a voz trêmula.
Começamos andar, Jack ficou ao meu lado o tempo todo, mesmo as vezes eu me afastando, ele continuava a andar atrás de mim. Deixaria todas essas coisas com o Jack para depois que resolvermos o problema da floresta.
Depois de uma triste caminhada pela floresta, chegamos na minha casa. A felicidade tomou conta do meu coração, mas durou pouco, porque a porta da frenre estava aberta.
Corri para dentro da casa, que estava mais fria que o comum.
- Vovó?! - Gritei.
Olhei na cozinha, no jardim dos fundos e nos quartos, mas nenhum sinal dela. As lágrimas começaram a descer pelas minhas bochechas e o sentimento de preocupação começou a tomar conta do meu peito.
Jack e Max chegaram até o quarto da minha vó e me viram chorando. Jack olhava para mim com os olhos verdes arregalados.
- Ela não está aqui... - Sussurei.
Jack veio até mim, me envolveu em seus braços e me deu um beijo no topo da cabeça. Meu coração estava partido demais para me afastar dele.
- Olhem. - Disse o Feiticeiro Maxswell apontando para a a janela.
Jack me soltou e nos fomos até a janela. E vimos que no meio das árvores uma fumaça roxa começava a subir. Percebi que Max estava com os olhos cheios de lágrimas.
- É na Clareira! - Eu disse.
- Deve ser a Bruxa de Silver. - Disse Jack.
O medo percorreu pela minha espinha assim que Jack citou a bruxa.
- Temos que nós preparar. - Falou Maxswell.
Fomos para a cozinha e começamos a executar nosso plano.
- Preciso de um recipiente e do punhal. - Pediu Maxswell.
Jack pegou o punhal que Thoken me deu na mochila e entregou para ele e eu pegueu uma bacia pequena e coloquei na mesa. O Maxswell pegou um dos frascos que tinha um líquido de uma cor perolada, sem dúvida era a poção do sono.
Ele despejou o líquido na bacia e mergulhou cuidadosamente a lâmina do punhal. Luzes da cor do líquido começou a envolver o punhal e a se empreguinar na lâmina.
- Apenas um arranhão fará com que a Bruxa de Silver caia num sono profundo e eterno.
- E depois que ela adormecer, o que vamos fazer?
- Assim que ela adormecer nós a trancaremos no subsolo que fica no meio do Labirinto de Emerald.
Senti minhas pernas tremerem só de ouvir essas palavras. Toda a cena no labirinto parece ter sido milênios atrás, porém se passou apenas dias. Max colocou o punhal em cima de um pano e enrolou cuidadosamente.
- Mas antes de tranca-la, nós iremos prender toda a maldição que ela lançou ne bola de cristal. - Maxswell disse tirando cuidadosamente uma esfera de vidro da sua bolsa. - E deixaremos em uma baú de sete chaves também no subsolo do labirinto.
- Você tem todas essas coisas na sua bolsa? - Perguntou Jack.
- Não duvide dos feitiços, meu caro.
- E quem irá atacar a Bruxa de Silver? - Perguntei.
- Acredito que será o cavalheiro Jack.
Olhei para Jack que fitava seus olhos no punhal. Arrumamos todas as coisas necessárias e partimos para a clareira.
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O Despertar das Fadas
FantasyO Reino de Silver é cheio de criaturas mágicas e poderosas. Mas um dia, todos descobrem que a floresta está doente! Merida entra em uma jornada com seu melhor amigo Jack para salvar a floresta que ela tanto ama. Mas o que ela não esperava era os p...