A DESPEDIDA [cap.6]

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Marina narrando:
Ele me abraçou por muito tempo...
— Obrigada. -falei
— Pelo o que? -perguntou
— Por ter feito minha viagem a São Paulo, incrível, a melhor que eu já fiz. -falei
Nos abraçamos, brincamos, nos divertimos, zoamos, pegamos sol, ficamos. Começou a ventar, senti frio.
— Vamos? -falou
— Eu não quero. -falei
— Você precisa. -falou
— Mas eu não quero!
— Ninguém quer... -falou
Nos despedimos, a felicidade dele acabou, ele estava muito triste, e prometeu me esperar. Coloquei minha saída de praia, e fui na casa da Giovana, chorando muito, contei cada detalhe pra ela, e ela me explicou que seus pais biológicos queriam a guarda dela. Nos despedimos, e foi uma pena ela não ir a praia. Peguei um transporte, e fui pra casa. Uma discussão da minha mãe com meu pai, meu pai não queria que eu fosse, já minha mãe estava contra a minha vontade.
— Você não pode obrigar ela! Ela não quer! Ela tem amigos.. -tentou meu pai
— Eu tinha amigos no RJ, de infância, e deixei todos pra trás, por causa de você! -gritou minha mãe
— Mas a gente está falando da Marina. -falou meu pai, nenhum pouco nervoso.
Eu apenas assistia a discussão, mas minha vontade de ir ao banheiro era maior, corri para o banheiro. Meu pai me olhou, acabou a briga, ele levou as malas para o carro, e tomei banho, me arrumei, e desci.
— Estou pronta, vamos? -falei, mostrando estar feliz.
— Não, não, você vai ficar com a sua avó! Olha que maravilha... -falou minha mãe.
— Como?! Quer dizer que eu vou ficar sozinha, sem vocês, é isso? -falei, me sentando no sofá.
— É. -falou meu pai, logo completando. — Eu sabia que ela não iria aceitar.
— Como não? -falou minha mãe.
— Não mesmo. Ou eu vou com vocês, ou não vou. -falei, orgulhosa de mim, pela a primeira vez dando minha opinião. Meus pais se olharam assustados. Sentada estava, sentada continuei, liguei a televisão e assisti.
— Filha, nós não podemos ir. Trabalhamos muito... -tentou minha mãe.
— E eu estudo muito, pra vocês.. E mesmo assim não querem me deixar ficar. -falei.
— Deixa ela ficar. -tentou meu pai.
— Não! -falou minha mãe.
Entramos no carro, prendi as lágrimas, não consegui, chorei muito. O que chamou a atenção do meu pai.

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