- 14° capítulo.
Marina narrando:
Continuamos a trocar SMS, eu morria de medo da resposta.
Vitor: A distância não é maior que o meu amor por você.
Conversamos muito. Minha avó subiu para o meu quarto, eu sentei na cama, e ela ficou em pé, e começou a falar:
— Marina, sua mãe e seu pai, estão trabalhando muito, e eu entendo que você esteja chateada, por conta da separação de vocês, mas eles me prometeram todo final de semana, ficar com você, passear com você, mas você tem de sair com as suas amiguinhas, brincar e curtir, a vida é muito curta, olha onde eu estou? Eu não queria estar aqui, e se estivesse na sua idade, iria está era curtindo com minhas amigas, na balada, arrumando gatinhos. Não dentro de casa, chorando, implorando atenção dos meus pais, sabe... Vai curtir, esquece eles, não da trabalho pra eles, faz com que eles queiram a sua atenção, e não você a deles, entendeu?! Agora me da aqui esse celular, e tchau! É, tchau, vai curtir a sua vida, esquece essa tecnologia . Eu te digo de experiência própria, não curti minha vida, e te aconselho que curta, e não se prenda a ninguém, por enquanto. Me promete, que não vai, em nenhuma ocasião, se preder a um homem só? -falou minha avó, é duvidoso que sua avó fale isso, mas, eu não sei sinceramente o que aconteceu com ela, que da noite pro dia ela me diz umas bobagens dessa! Que isso?!
— Olha vó, eu não posso te prometer. Mas eu curto a minha vida, eu danço, eu brinco, me divirto, eu faço tudo isso que você quer que eu faça hoje, só que é uma coisa de cada vez, eu acabei de chegar de viagem, eu deixei tudo que eu tinha em SP, eu deixei tudo. Inclusive meu namorado. -desabafei com a minha avó, já que é isso o que ela queria.
— Como assim, namorado?! Marina, eu não acredito que você está namorando? Seus pais sabem disso? Mas vão saber! Como pode? Menina, está muito novinha pra isso. -falou minha avó, pegando o celular, e quase discando o telefone da minha mãe, interrompi ela antes de ligar.
— É vó! Namorando. Você é a única que sabe disso, por favor, não conta. Ué, com todo respeito, mais a senhora acha que eu não sou muito novinha pra ficar sendo jogada de um lado pro outro, não, não deve achar. Apesar de eu estar longe dos meus pais, eu estou longe da minha amiga, minha melhor amiga, do meu namorado, das meninas da outra escola. Eu me adaptei aquele lugar. É difícil pra mim, não é fácil não, não é como trocar de roupa, é viajar, de um lugar para o outro, de uma escola para a outra, fazer "amiguinhos" não é tão fácil assim, se conquista. Eu não tenho a confiança nas meninas, a mesma de 6 anos atrás. Poxa.. -falei, prendendo o choro.
— Tudo bem, olha, eu sei que fui grossa. Mas é que eu quero ver você curtir, se divertir. Eu não aguento ver a minha neta, que antes só vivia alegre, sorrindo por aí, e não parava um tempo em casa.
Nos abraçamos, e desculpamos uma a outra. Tomei banho, fui na casa da Bia, e colocamos o assunto todo em dia...
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Amar em segredo
Teen FictionMarina, é uma menina "sozinha" na vida. Ela se mudou da sua cidade natal quando tinha 10 anos, desde então não conseguiu fazer amizades na sua cidade atual. A mesma saiu do Rio de Janeiro, e veio para São Paulo, por conta do trabalho do seu pai. Na...