UM DIA DE CADA VEZ [cap.19]

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Amar em segredo - 19° capítulo.
Marina narrando:
Começou a escurecer, as minhas amigas se despediram e foram embora. Fiquei novamente me sentindo sozinha, carente, no tédio. Quero embora daqui, não aguento mais essa casa.. E pensar que pra "melhorar" minha situação que pior não pode ficar, minhas insuportáveis, desagradáveis, deselegante, indesejáveis, primas, estarão amanhã de manhã BEM cedo aqui, ninguém merece. Senti uma dor mais insuportável que minha prima no estomago, fui correndo para o banheiro que tinha no quarto e vomitei, mil vezes pior que da outra vez, estava sozinha no quarto, sem ninguém pra me ajudar, me senti fraca, não de fome, apesar de comer apenas uma maçã e leite o dia todo, não estava fraca de fome, as tonturas voltaram, segurei na parede, parecia que tudo se mexia, preferi deitar, quebrei várias coisas no caminho, dessa vez chamando atenção da minha avó, subiu correndo, ao me ver daquele estado (pálida, suando, descabelada, resumindo, em péssimo estado), me ajudou a descer as escadas e me colocou dentro do carro, estava cada vez mais fraca, tonta, cansada. Acordei deitada em uma cama de hospital, minha avó chorava muito, e meu avô andava impaciente de um lado para o outro. Não me contive...
— O que esta acontecendo? -perguntei, ainda fraca..
— Ela acordou!! -falou minha avó, chamando atenção do meu avô, e de alguns médicos que estavam presente no quarto aonde, de acordo com as minhas conclusões eu estou internada.
— Sua mãe esta a caminho, vai ficar tudo bem. -falou meu avô. Minha avó sentou do meu lado, chorando muito, segurou minhas mãos, começou a beijar minhas mãos.
— Alguém me explica o que esta acontecendo, por favor? -falei, desta vez chorando, de nervosismo, a coisa dessa vez é séria. Minha avó nunca gostou de cerimônia, sempre falou as coisas, bem dizer, "na lata".
— Sua mãe esta a caminho, ela vai te explicar tudo. Fica calma. -falou o médico, eu estava dopada, e ainda sim tonta, não consegui enxergar o que o médico pesquisava.
— Me explica vó, por favor, você nunca gostou de cerimônia, me explica. Entre eu e você nunca ouve segredo... -falei, chorando muito. Minha avó não sabia o que fazer. Ela olhava meu avô, o médico, as paredes, até que começou a falar, tremendo, e super nervosa.
— Bom, Mari-Marina, olha, eu sei, que... -falou minha avó, gaguejando. Ela travou, parou de falar, e saiu do quarto, chorando muito.
— Vocês estão me assustando!
— Estamos todos tensos com a situação, portanto, tenha paciência, e espere, uma hora tudo será bem esclarecido, e você vai entender o porque de tanta cerimônia. Sua mãe pediu que ninguém contasse, ela queria contar, achou melhor ela te contar o que esta acontecendo. -falou o médico, me olhando, e saindo do quarto. Meu avô me olhou logo saindo do quarto, me deixou sozinha. Eu queria falar com o Vitor, mas como deixei meu celular em casa. Comecei a pensar no Vitor, e veio o arrependimento. "E se eu morrer, quem vai cuidar do que é meu?"....

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