AS PESSOAS QUE AMO [cap.10]

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Marina narrando:
Eu fiquei boquiaberta, não sabia o que falar, minha sensação era de medo. Isso só me alertou, que nem tudo é o que parece ser. Eu pensava que ele era um cara de família. Lavava a louça, enquanto ele falava:
— O que você fazia em um lugar deserto em?! Pedia mesmo pra ser sequestrada, infelizmente é a realidade, eu vi o que você passou.. queria te ajudar, desculpa. Mas não podia, todos ali, estão sendo ameaçados. Boa viagem. -falou ele me entregando dinheiro.
— Me recuso a aceitar! Você já fez muito por mim. Só de não espalhar que eu to solta por aí, é o máximo que você fez por mim. Obrigada. -falei, terminando de lavar a louça, a Camilly veio na minha direção, e o seu pai logo saiu, me olhou e piscou o olho, eu sorri. E a Camilly falava, falava bastante. A Dona Marcella me chamou, e partimos para o ponto de ônibus, parecia ser longe. Andamos de carro por mais ou menos meia hora, paramos em um ponto.
— É aqui. -falou ela. Me dando dinheiro de passagem, e sorrindo. Camilly me abraçou, e disse:
— Vou sentir saudade de você, tia. -falou, vomitei arco iris. Que fofa gente.
— Eu também irei sentir, aqui meu número, se precisar de alguma coisa, estarei aqui. É difícil encontrar pessoas tão verdadeiras como você, Marina. -falou Dona Marcella, sorrindo, me dando um papel, onde estava escrito seu número. Eu fiquei feliz, aliás é mesmo difícil.
— Obrigada. Sem palavras pra agradecer tudo o que fizeram por mim. -falei, elas me abraçaram. E o pai da Camilly veio na minha direção, apertou a minha mão. E ficamos todos quietos. O ônibus chegou, e me explicaram como eu chegaria em casa. Eu dei tchau pra Camilly, que a essas horas deve estar chorando bastante. Depois de dias, consegui cochilar no ônibus, acordei assustada, alguns minutos se passaram, e eu logo cheguei aonde queria. Avistei um telefone público, e liguei para a minha mãe.
Início de ligação.
Mãe: Alô... -ela dizia abatida, logo percebi.
Marina: Mãe, eu consegui! -falei, alegre.
Mãe: Amor, é a Marina. Conseguiu o que? -falou minha mãe, mais alegre.
Meu pai puxou o celular da mão dela, e não parava de falar, prometi explicar tudo depois, disse aonde eu estava. E rapidamente vieram me buscar, comprei um pastel, e comi. Já avistei meus pais, fui em direção ao carro. Minha mãe me abraçou, parecia nunca querer me soltar, meu pai me olhou chateado, mas feliz.
— Porque você fez isso, e porque veio parar tão longe? -perguntou minha mãe. Entrei no carro, e pedi para o meu pai dirigir, e comecei me explicando.
— Foi assim... -comecei a explicar, falei tudo o que aconteceu, cada detalhe. Pedi desculpa ao meu pai, e disse o quanto estava arrependida...

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