LIBERDADE [cap.8]

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Marina narrando:
Um homem empurrava a porta com força, o que me assustou. Uma semana se passou, eu apanhei muito daqueles caras, o que eu fiz pra merecer tanto sofrimento, meu celular estava descarregado, perdi minhas esperanças de sair daquele lugar, será mesmo que vou ficar aqui pra sempre, não conseguia dormir, comer, fazer nada, só chorar, e chorar. Venho a confessar que aprendi a lição, prometi a mim mesma que se eu sair dali, nunca, jamais, irei desobedecer meu pai, minha mãe, etc. Um dia o silêncio reinava na casa, tentava escutar o que eles diziam, mais não diziam absolutamente nada, "isso pode ser um plano", pensei, olhei da janela, a mesma tinha cadeados, o que me proibiam de sair daquele quarto monstruoso, não havia carros na entrada como de costume, nem vozes, estou sozinha, vibrei, essa é a minha chance. Vou fugir, ou tentar fugir. Gritava por socorro pela a janela, e não vinha ninguém me socorrer, chutava com toda a minha força a porta, até que a mesma começou a se quebrar, para a minha felicidade, soquei a porta inúmeras vezes, ela foi se quebrando, e as minhas esperanças aumentavam, e eu batia socava, até que fui pra trás, e chutei, chutei com toda a minha força, a porta caiu, eu estou livre, pensei. Saí correndo para porta onde entrei, estava trancada, fui olhando cada quarto, e realmente, a casa estava vazia, e trancada, até que enfim uma luz, uma janela, peguei uma cadeira em péssimas condições, subi em cima da mesma, e pulei, pela a primeira vez pulei uma janela, eu estou salva, eu me salvei. O portão estava encostado, eu fugi, corri muito, para o final daquela rua, aonde tinha uma casa, tão feia quanto a que eu estava, eu ouvia as mesmas risadas, as mesmas vozes, não pode ser, corri, para o começo da rua, eu estava apavorada, correndo em círculos, sem rumo, achei uma pracinha, tinha algumas crianças, me aproximei de uma pequena menina, fofa, o cabelo dela era lisinho, lisinho, ela tinha olhos castanhos claros, era super meiga, me abaixei a mesma altura dela, e fiz a seguinte pergunta:
— Aonde fica a saída? -falei, o que serviu de piada pra menina.
— Qual é seu nome, titia? -perguntou
— Marina, e o seu? -perguntei, logo completando — Como vai embora, meu anjo?
— Camilly. Eu vim de carro com o papai e com a mamãe. -falou ela.
— E aonde estão seus pais? -perguntei
— Estão ali. -apontou ela, para uma mulher que aparentava ser nova, alta, bonita, sorridente, e um homem também jovem e bem humorado. Sorri agradecendo a Camilly, e fui em direção aos seus pais, fui tratada super bem.
— Boa.. -olhei para o céu, e completei — Boa tarde, a senhora poderia me explicar como vai embora? Por favor, olha, eu estou fugindo, eu fui sequestrada, eu não aguento mais esse lugar, eu deveria estar no Rio de Janeiro a uma semana, mas eu desobedeci os meus pais, por favor, necessito de ajuda.

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