UMA NOTÍCIA RUIM [cap.20]

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Amar em segredo - 20° capítulo.
Marina narrando:
As horas se passaram, e nada de ninguém entrar no quarto. Minha mãe empurrou a porta, e me abraçou chorando muito.. Não aguentei, comecei a chorar junto. Ela sentou do meu lado, e ficou me olhando, com um paninho assuava o nariz, limpei as lágrimas dela..
— Mãe, o que eu tenho.. Me diz, eu estou grávida? Pode falar, eu estou com HIV, aids, pode falar. Eu tenho quanto tempo de vida, me diz? -falei, chorando muito. Minha mãe saiu de perto de mim em silêncio, e me perguntou seriamente..
— Você é virgem, Marina? -falou tentando se acalmar e respirando fundo.
— Eu era até voltar para o RJ, -minha mãe tentou interromper, então continuei falando — Me deixa explicar! Eu tinha um caso com o Vitor, aquele que eu disse que era meu amigo, e que ia a praia com ele e com aquela, aquelazinha lá! Enfim, eu fui para SP com os meus avós, me encontrei com ele e nós brigamos porque ele abraçou a ex dele na minha frente, isso não é ridículo? Eu só queria respeito dele, dai então, a Bia, me chamou pra uma festa, pra maior de 18, e eu fui, mentindo pra minha avó que era festa do primo da Bia. Nessa festa, acabei me empolgando e bebendo demais, fui pra cama com um desconhecido (pausa pra chorar), depois disso me senti mal, pensei que fosse as bebidas, então decidi ficar mais algumas horas na casa da Bia, a febre passou. Mas o que ninguém sabe, é que eu vomitei sangue, muito sangue, eu achei que eu estava com uma doença, por exemplo, HIV, aids, por isso não contei pra ninguém, com medo. Mãe me perdoa por favor, eu agi por impulso... Todo mundo erra, me perdoa? -pedi, chorando muito, ao falar fechava os olhos, de tão cansada, e fraca. Minha mãe chorou junto comigo..
— Eu confiei na sua avó! -falou minha mãe, ameaçando chamar minha avó, segurei ela..
— A culpa é minha... -tentei, minha mãe chorou. E ficou quieta por alguns minutos.
— Tudo bem, isso será nosso segredo. Desculpa por não ter tanto tempo pra você, e por não ser uma mãe presente na sua vida, mas eu prometo, que se você melhorar você volta pra SP comigo e com seu pai. Eu errei muito, quem tem que me perdoar é você... -falou minha mãe, eu já não estou entendendo mais nada, porque ela não gritou ou ficou brava?!
— O que eu tenho mãe, me fala? -abracei minha mãe, e falei bem baixinho no ouvido dela.
— Leucemia. -falou minha mãe, chorando muito, muito mesmo.
— Eu tenho quanto tempo de vida? -falei, segurando o choro.
— Mais ou menos um mês, você precisa de um transplante, de medula óssea. Você só precisa de alguém que tenha o sangue compatível ao seu, mas o seu sangue é um dos mais raros. Meu pai entrou no quarto, me abraçou sentou na cadeira impaciente...
— Falou pra ela? -perguntou meu pai, chorando como nunca.
— Falei. Marina, você quer fazer alguma coisa? -perguntou minha mãe, me assustando.
— Eu quero falar com o Vitor. -minha mãe me emprestou o celular dela, e eu liguei, chamou, e ele logo atendeu.
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⏰ Última atualização: Aug 08, 2016 ⏰

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