Meu querido Professor

Capitulo 5- Pequeno acidente.

Hoje a faculdade estava muito lotada, eu não tinha onde colocar meu carro, só existia um lugar e não pensei duas vezes antes de colocar naquele lugar. Eu nunca tive muita paciência de procurar vaga.

Antes de abrir a porta do carro reparo que o professor de Sociologia está saindo do carro dele. O carro dele está estacionado na mesma posição do meu só que do outro lado da rua.

Fico um pouco dentro do carro até ele se afastar bem. Saio do meu carro só então percebo que parei bem perto da curva. Ótimo, espero que nenhum infeliz bata meu carro.

(***)

Nenhuma aula vai superar a aula desse professor, tão chata e ridícula. Ele explica bem e parece entender bastante do assunto, mas eu acho que esse ódio mortal que sinto por ele que estraga a matéria ou ele mesmo.

Eliza parecia está bem triste, pelo que eu entendi ela e meu irmão brigaram porque ela sentiu sintomas de gravidez. O maior medo da Eliza é ficar grávida antes de termina a faculdade e pelo visto seu pesadelo esta acontecendo. Eu espero que não seja verdade prefiro deixar esse negócio de sobrinhos daqui a alguns anos.

(***)

A aula acabou finalmente posso voltar para casa e dormir. Me aproximo do meu carro deixo minha chave cair no meio da pista. Me abaixo para pegar, ouço freios de carro. Então, meu corpo é jogado para frente.

Sinto uma batida forte na minha cabeça, viro meu corpo para cima. A luz do sol incomoda meus olhos, minha cabeça esta girando.

- Você esta bem? - Reconheço aquela voz.

- Minha cabeça está doendo. - Digo.

- Eu não estava prestando atenção... - Escuto outra voz diferente.7

Não consigo identificar nenhum rosto pós minha vista esta embaçada.

- Cala a boca! - Agora identifiquei a voz dele. É o professor de sociologia. - Você sente mais alguma dor? - Ele pergunta para mim.

- Minhas mãos e meus joelhos estão ardendo. 

- Sim, você esta ralada. Vou te levar para a enfermaria. - Minha vista esta voltando ao normal, consigo identificar ele - Vem comigo e trás as coisas dela.

Meu corpo é carregado pelo professor. O cheiro dele é ótimo, ele tem cheiro bem másculo. O seu perfume parece ser aqueles perfumes bem caros importados, mas com certeza devo esta errada ou não? Um professor de faculdade pública ganha tão bem para comprar esse perfumes caros?

Não preciso saber disso agora, encosto minha cabeça no ombro dele pois o balançar dos seus passos fazem minha cabeça doer mais. Fecho meus olhos e tento me concentrar em não sentir dor.

Sou deitada em algum lugar, com certeza deve ser a maca da enfermaria. 

- O que aconteceu com ela? - Escuto a voz de uma mulher.

- Ela foi atropelada por esse amigão. - Ouço a voz dele.

- Vou fazer curativos nela. - A voz da mulher novamente.

- Vou levar ele na coordenação.

- E-Eu?

- Andando em alta velocidade, contra- mão e ainda por cima sem esta prestando atenção. Deixei as coisas dela ai e vamos comigo. - Escuto a porta fechar.

- Você esta acordada? - Pergunta a mulher.

- Sim, mas minha cabeça esta doendo muito.

- Okay, vou fazer uns curativos e aplicar uma injeção, vai passar rapidinho sua cabeça.

- Tudo bem.

(***)

A parte da injeção foi a melhor porque a do curativo foi horrível. Eu gemia de dor pelos arranhões, quando o álcool tocava neles eu queria simplesmente matar aquela pobre enfermeira.

Vou andando devagar até meu carro, espero conseguir dirigir com minhas mãos arranhas. Se eu for devagar consigo chegar em casa com segurança.

- Hey! - escuto alguém tentando chamar minha atenção.

Olho para trás é o professor de sociologia. Ele vem correndo na minha direção.

- Tem certeza que consegue dirigir? - Ele pergunta.

- Sim, devagar eu consigo.  - Digo - Obrigada por me salvar, se não fosse por você ainda estaria estirada no chão. - Dou um sorriso fraco para ele.

- Olhe para o lado e para o outro antes de juntar qualquer coisa do chão, por favor.

- Vou tentar lembrar, obrigada. - Abro a porta do lado do motorista - Até a próxima aula, professor.

Entro no meu carro, ligo e saio de perto dele o mais rápido possível.