Meu querido Professor

Capitulo 6 - Bêbado.

Hoje foi um domingo bem calmo, sem trabalho, sem Scott e sem Eliza. Apesar deles encherem meu saco me fazem falta.

Meus arranhões do acidente estão quase sarados, o que não sai do meu corpo é o cheiro dele. Eu sinto tão bem o cheiro dele que parece que ele acabou de me abraçar.

Depois de falar horas e horas com minha mãe pelo telefone decido ir a uma lanchonete perto da minha casa. Comer bife com batata frita, sempre como a mesma coisa aos domingos é uma tradição.

(***)

Na volta para minha casa tenho que passar por um bar que tem de esquina, eu odeio aqueles homens bêbados que ficam se achando só porque esta com pouco de álcool no corpo.

Passo por lá devagar pois ainda está vazio. Paro de andar no mesmo momento que o vejo, é o professor Alex, ele parece triste e tem muitos copos de bebida perto dele.

Será que devo ir lá? Devo sim, ele foi muito gentil comigo na hora do acidente.

Respiro fundo vou andando na sua direção, me desviando das pessoas que estão andando para um lado e para outro.

- Alex? - Toco no seu ombro.

- Emma? - Ele serra os olhos para me enxergar melhor - Minha aula preferida! - Ele sorrir.

- Você está bem? - Pergunto.

- Sim. - O cheiro do álcool no hálito diz tudo - Vou até me levantar para lhe dá um abraço.

Alex tenta se levantar mas acaba caindo no chão.

- Meu Deus! - O ajudo rapidamente a se levantar - Você não está nada bem.

- Ele comprou uma garrafa de whisky e está quase pela metade. - Diz o garçom.

Tento pensar rápido em uma solução.

- Você pelo menos se lembra onde é sua casa? - Pergunto.

- Eu tenho casa? - Ele solta uma gargalhada.

Nunca pensei nessa possibilidade mas não posso deixá-lo aqui.

- Vamos para minha casa. - Ajudo ele segurando-o pelo braço.

- Espera! - Ele pega sua garrafa de whisky - Não posso esquecer isso. - Ele sorrir para mim.

Tento ajudar ele com dificuldade. Alex parece não saber onde pisa então fica andando em zigue-zague.

Respiro de alívio quando estamos bem próximo do meu prédio. Assim que passo pelo portão de principal o porteiro abre um sorriso.

- Boa noite, Emma.

- Boa noite. - Sorrio para ele.

- Tudo bem aí? - Ele pergunta assim que ver o estado de Alex.

- Tudo ótimo, amigo. - Responde Alex.

- Cala a boca. - Sussurro para ele.

Entramos no elevador, Alex começa a ficar me encarando.

- Tem algo de errado com meu rosto? - Pergunto.

- Te observando bem, você é muito linda.

Sinto meu rosto esquentar, sei que estou muito vermelha.

- Obrigada.

As portas do elevador se abrem e eu respiro de alívio. Saímos do elevador, entramos no meu apartamento, Alex fica observando.

- Algum problema? - Pergunto.

- Tudo aqui é organizado e feminino.

Seguro minha risada. Alex tem uma expressão engraçada quando está embriagado, nem parece aquele homem sério que me dá aula quase todos os dias.

- Isso é um apartamento feminino. - Ajudo ele a ir para meu quarto.

- Onde está seu marido?

- Não sou casada. - Digo.

- Estamos a sós? - Alex morde seus lábios.

- Sim. - Engulo em seco. - Vamos dormir nos dois aqui, só que vai haver uma barreira de travesseiros, eu não quero dormir no sofá e você não vai dormir lá porque com certeza vai vomitar a noite. Se você vomitar no meu sofá eu te mato.

- Tá dizendo que na cama pode?

- Não, mas na cama é mais fácil de te empurrar pro chão.

Enquanto pego outros travesseiros Alex deita na cama. Assim que volto ele já está dormindo tranquilamente como se nada tivesse acontecido.

Faço a cerca de travesseiros. Tento me concentrar no que eu fiz. Ok, só trouxe meu professor super bêbado para minha casa, mas ele é o professor que me ajudou no pequeno acidente então preciso ser legal.

Olho mais uma vez para Alex e ele está dormido tranquilamente. Ele é lindo do mesmo jeito. Se concentra, Emma. Me deito novamente e tento dormir.