Capitulo 13 - Saindo cedo da aula.

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- Eu não estou gostando dessa sua cara. - Digo para Eliza que está pensativa a um bom tempo.

- Eu fiz o teste. - Ele diz olhando para um ponto inexistente no horizonte.

- Que teste? - Pergunto.

- De gravidez.

- E?

- Deu positivo.

- Ah, meu Deus! - Coloco a mão na boca assustada.

Apesar de não ser um ótimo momento para isso eu estou muito feliz por eles.

- Só que era teste de farmácia... Eu não quero acreditar nisso.

- Você tem que aceitar, Eliza. - Pego suas mãos e acaricio.

- Tem ideia do que o Scott vai fazer comigo? Ele vai me matar. - Já via seus olhos cheios de lágrimas.

- Ele não é tão ruim assim, não exagera.

- Ele não é ruim, nem um pouco... Mas filhos, agora? Não rola.

- Só lamento mas vai rolar, Eliza.

- Eu marquei exame de sangue para sexta e você vai comigo, porque se eu quiser me matar você não deixa. - Diz Eliza pensativa.

- Agora temos cinco meses para acabar o curso, até lá você estará com cinco meses ou não.

- Tá, e dai? - Eliza pergunta sem entender nada.

- Nosso estágio é de dois meses, até aí sete meses de gestação...

- Não sei se quero entender seu raciocínio. - Eliza cruza os braços.

- Eu tento conseguir um trabalho à tarde ou pela manhã mesma e você tenta conseguir um emprego no horário diferente do meu.

- Emma, do que você está falando?

- Assim eu cuido da criança para você, enquanto estiver trabalhando.

- Você faria isso por mim? - Seus estão cheios de lágrimas.

- Eliza, eu sou sua amiga e há possibilidades de ser tia. Não te deixarei na mão.

- Ah, Emma. - Eliza me abraça - Eu te amo.

- Também te amo. - Sorrio para ela.

- Podemos ser professoras de inglês ou não, é questão de calma. O tempo é o melhor remédio. - Digo.

- Boa tarde, turma. - Escuto sua voz e me viro rapidamente para encara-lo.

Assim que Alex entra em sala as luzes vão embora deixando a sala pouco escura.

Podíamos ouvir as palmas das outras salas.

-Calma, vamos esperar um pouco. - Disse Alex.

Nossos olhos se encontraram, ele deu um sorriso de leve para mim e eu apenas baixei a cabeça.

(***)

Já tinha se passado bastante tempo que a luz já tinha ido embora. Logo em seguida veio a coordenadora e nos liberou para sair mais cedo.

Eliza foi embora rápido porque ia se encontrar com Scott. Eu estou a caminho do meu carro quando sinto alguém colocar a mão no meu ombro.

- Vai com tanta pressa porque? - Pergunta Alex.

- Ainda não almocei, a fome está me matando. - Sorrio para ele.

- Nem eu... Estou ido almoçar agora.

Encaro ele rapidamente e logo em seguida volto meus olhos para frente.

- Que tal irmos almoçar agora? - Pergunta Alex. - Conheço um restaurante aqui próximo.

- Juntos? - Pergunto.

- Claro.

- Não terá nenhum aluno lá? - Pergunto.

- O restaurante é da minha família podemos almoçar até na cozinha se você quiser.

Solto uma risada.

- Tudo bem então, aceito o convite. - Sorrio para ele.

- Me siga no carro, assim ficará menos desconfiante.

- Vá devagar, não gosto de nada muito rápido.

Alex sorrir como se tivesse uma piada interna.

- Você que manda. - Ele continua sorrindo.

Entro no meu carro e Alex no dele. Ele acelera seu carro na frente e o sigo.

Alex acelera seu carro mais rápido e eu o acompanho. Se eu soubesse o número dele ia ligar agora e brigar, mas como não tenho esse direito. É melhor ficar calada.

Eu não sei exatamente o que ele está fazendo comigo, só espero não quero me apegar mais do que deveria, caso isso aconteça será uma grande tragédia. Querido professor, não bagunce com minha cabeça, é tudo que mais peço.

Meu querido ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora