Capitulo 31- Campainha maluca.

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São cinco horas da manhã e estou saindo de um pequeno hotel fora da cidade. Eu sei que é idiotice minha, mas eu me senti tão mal em ver aquela cena. Também sei que preciso conversar com o Alex e perguntar o porque? Porque ele fez isso comigo, o que eu fiz para merecer isso.

Alex parecia tão certo, eu tinha certeza que ele era o cara certo para mim. Eu também tenho certeza que eu o amo, como eu tenho certeza disso. Tenho a certeza que sou completamente apaixonada por ele.

Isso nunca aconteceu comigo, nunca gostei de uma pessoa tão forte como gosto dele.

Limpo as lágrimas que estão escorrendo no meu rosto e presto atenção no trânsito. Meu celular está desligado, então decidi ligar ele.

Sem tirar os olhos da estrada ligo meu celular. Assim que paro em uma semáforo decido olhar as notificações.

Há 234 ligações de Alex e 50 mensagens. Quase todas elas dizem a mesma coisa.

"Emma, por favor! Conversa comigo, eu nunca ficaria com ela, ela me beijou mas eu não queria. Eu só quero você, entenda isso."

Ouço buzinas de carro e vozes de homens reclamando para que eu saia do meio.

Acelero o carro, meus olhos estão cheios de lágrimas novamente. Como me sinto tão idiota por chorar por homem, e ainda mais por Alex pela ridícula traição.

Eu não quero contar isso para Elisa tenho certeza que ela vai querer matar Alex dentro da sala de aula, e Elisa está grávida nada de estresse por um bom tempo.

Tenho que guardar isso apenas para mim, ou não, preciso dormir para me desligar do mundo por um bom tempo.

Paro em outro semáforo pego meus comprimidos dentro do meu porta-luva, preciso dos meus remédios para dormir. Vai fazer efeito daqui a alguns minutos e estou bem perto de casa.

Tomo algumas pílulas e engulo a seco, tenho que está em sonhos profundos caso Alex apareça na minha casa, eu quero conversar com ele mas não agora. Eu tenho que esperar essa angustia passar.

(***)

Entro no meu apartamento às pressas, tranco a porta e fecho todas as janelas. Meu corpo já está pesado, vou até o banheiro tomo um banho calmo e quente.

Deito-me na cama apenas com um roupão confortável. Ouço a campainha tocar repetidas vezes e logo em seguida batidas fortes.

- Emma! Se você está aí abre aqui por favor! - É a voz de Alex.

Tampo meus ouvido e deito minha cabeça no travesseiro, tento dormir mas não consigo.

Alex continua gritando e batendo na porta, eu queria poder gritar para mandar ele embora mas isso ia só piorar as coisas.

Começo a chorar novamente como uma criança indefesa, encosto minha cabeça no travesseiro novamente. Meus olhos começam a ficar pesados, meu corpo começa a relaxar.

Fecho meus olhos mas ainda ouço a voz de Alex na porta.

- Emma, eu vou conseguir uma prova. Eu juro para você que conseguirei uma prova. Nem que eu arranque o cabelo de Paula! - Alex grita e depois se faz um silêncio total.

Meu coração ainda está acelerado pelo medo de Alex, mas tento relaxar novamente. Quero dormir e esquecer tudo isso.

O remédio podia fazer efeito como um sedativo, assim eu poderia me dopar por longos dias, sem ninguém me perturbar.

O mais difícil vai ser ir para a faculdade, olhar para ele dando aula todos os dias, ver o seu sorriso e não poder sorrir junto.

Meus olhos mesmo fechados ainda escorrem lágrimas deles, tento me concentrar em pensar em outra coisa. O sono vem chegando e com isso caio em um sono profundo.

Meu querido ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora