Capitulo 7- Discursão sussurrada .

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Abro meus olhos devagar, sento-me na cama, vejo uma barra de travesseiros no meio da cama. Flash de memória da noite passada passam pela minha cabeça.

Levanto- me rapidamente, o procuro pelo banheiro, não há ninguém. Vou até a sala, percebo que a porta está aberta.

- Desgraçado. - Ele foi embora e deixou a porta aberta.

Vou pisando duro até a geladeira. Lá tem um bilhete.

" Obrigado por me ajudar ontem à noite, você tem 2 pontos.
Com carinho do seu querido professor."

E ainda tenta ser fofo. Bufo de raiva. Eu vou caçar ele por toda aquela faculdade, nem que eu perca aula.

(***)

Já procurei ele por uns 3 corredores. Graças a Deus o professor do primeiro tempo não pôde vim hoje.

Cansei de procurar ele. Decidi voltar para minha sala. Bem próximo dela o encontro.

Alex abre um sorriso quando me ver. Fecho minha cara para ele.

- Você sabia que alguém poderia me estuprar ou roubar minha casa? Não podemos confiar nem na roupa que vestimos imagine nos vizinhos. - Sussurro para que ninguém escute o que estou falando para ele.

- Do que você está falando? - Ele pergunta sem entender nada.

- Você deixou a porta aberta da minha casa, eu acordei e estava toda aberta como se chamasse ladrão. - Digo aos sussurros novamente.

- Porque você está sussurrando? - Ele pergunta aos sussurros.

- Você não quer que todos da faculdade saibam que o professor dormiu na casa da aula porque simplesmente estava morto de bêbado. - Digo mais baixo ainda.

- Não tenho medo de perder meu emprego. - Ele diz com um sorriso encantado no rosto.

- Eu tenho medo de perder minha vaga.

- Consigo outra onde você quiser. - Ele ergue a sobrancelha esquerda.

- Gosto daqui... Não fuja do assunto, ainda estou brava porque você não fechou a porta. - Olho seria para ele.

- Eu juro para você que eu fechei. - Ele agora está sério.

- Porque foi embora antes que eu acordasse? Não fizemos nada na noite passada e pelo que eu saiba isso é papel das mulheres.

- Você está certa. - Ele está com um sorriso no rosto novamente - Vou confessar que fiquei com vergonha de você.

- Não precisava ter... - Sinto minhas bochechas vermelhas.

- Eu juro para você que fechei a porta. Alguém mais tem a chave da casa.

- Não... - Serro meus olhos e o encaro - O que você estava fazendo naquele bar? - Mudo de assunto rapidamente.

- Por você quer saber? - Ele pergunta sério.

- Tirei você daquele poço, tenho o direito de saber.

- Um homem não pode sair para beber?

- Em plena quarta-feira? Você uma homem super sério. - Dou uma risada falsa - Não.

- Muitos problemas.

- Que tipos de problema? - Pergunto.

- Você me ajudou por uma noite e já acha que tem o direito de saber tudo? - Ele sorriu.

- Desculpa... - Sinto minhas bochechas vermelhas novamente.

- Sua amiga está vindo. - Ele diz olhando diretamente nos meus olhos - Não olhe para trás.

- O que? Que amiga?

- O trabalho é basicamente isso do que você está perguntando. As normas são as mesma da ABNT e apresentação você já sabe... - Para mim Alex estava dizendo coisa com coisa.

- Emma! Que bom que achei você. - Eliza apareceu do meu lado. Agora sim eu entendi tudo.

- Eliza...

- Onde você estava? Eu fui na sua casa hoje de manhã.

- E deixou a porta aberta? - Perguntou Alex.

- Acho que sim... Como você sabe? - Eliza olha desconfiada.

- Eu contei para ele que estava com medo de ter alguém entrado na minha casa. - Encaro ele. O sorriso no seu rosto diz " ganhei".

- Com licença. - Alex se afasta de nós duas.

- Não é você que odeia ele? - Pergunta Eliza.

- Eu tive algumas dúvidas sobre o trabalho.

- Emma, você nunca tem dúvidas sobre o trabalho.

- Mas agora eu tive. Agora vamos conversar sobre não deixar a porta da minha casa aberta. - Puxo Eliza para dentro da sala.

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Capítulos agora postado duas vezes na semana: Terça e sexta. Beijos!

Meu querido ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora