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Stefan estava deitado olhando para o teto em silêncio, mas sua mente não estava tão silenciosa assim... ela estava prestes a explodir.

Ele levantou-se o mais silenciosamente possível e caminhou até a porta, se esforçando para sair sem acordar a garota que dormia em sua cama.

O apartamento estava quieto e escuro, afinal, era quase meia noite. Stefan se dirigiu à geladeira, de onde tirou uma garrafa de cerveja. A qual logo foi aberta e logo estava na metade.

Stefan olhou para a tela de celular que havia se iluminado dando um aviso de um evento guardado em sua agenda. Mas... ele não precisava disso para saber que dia era hoje, afinal, ele tinha passado o dia inteiro pensando nela.

10 de Outubro

Ele ficou encarando a tela do aparelho por algum tempo, relutante se deveria ligar para ela ou não.

Mas e se ele ligasse? O que ele falaria?

"Ei, feliz aniversario. Eu sinto a sua falta e sinto muito por ter partido" ?

Mesmo se ela atendesse — o que provavelmente ela não faria — ele duvidava muito que ela não surtaria ao ouvir as suas desculpas patéticas.

Afinal, nem aceitar as suas cartas, ela aceitava. Quem diria as suas ligações.

Stefan largou o celular na bancada da cozinha e fechou os olhos, abaixando a cabeça tentando se concentrar em encontrar palavras.

Palavras para escrever-lhe outra carta...

Fazia dois anos... dois anos sem ela.

Ele sentia tanto a falta dela, da sua presença, do som de sua voz, do seu toque, dela completamente. Caroline era insubstituível, e não adiantava o quanto ele tentasse, ele sabia que nunca conseguiria a deixar completamente. E a maior prova disso era a esperança que ele mantinha depois de tanto tempo de que algum dia ele conseguiria voltar para ela.

E ele voltaria para ela.

Ele tinha prometido à ela e ele pretendia cumprir, levasse o tempo que fosse.

— Ei, está tudo bem? — uma voz quebrou o silêncio estabelecido, o fazendo abrir os olhos e encontra-la o encarando com preocupação.

Não era a primeira vez que Stefan levantava-se no meio da noite, e ela duvidava muito que fosse a última. Mas o pior era que, apesar do quanto ela tentasse negar, ela sabia perfeitamente o motivo.

— Mn hm — Stefan maneou a cabeça em consentimento — Está.

— Fiquei preocupada quando acordei e você não estava lá — ela comentou.

E não era mentira. Ela realmente tinha ficado preocupada ao acordar-se e não encontra-lo lá. Não seria a primeira vez que ele tinha partido no meio da noite com a simples desculpa de que precisava de um tempo a sós.

Mas ela sabia a verdade tanto quanto ele sabia.

— Eu só perdi o sono — ele respondeu — Não precisa se preocupar, na verdade, eu já estava voltando para a cama.

Ela assentiu enquanto o assistia jogar a garrafa de cerveja no lixo e lhe dar um sorriso — falso, ela sabia — antes de voltar para o quarto.

Valerie soltou um suspiro. Ela sabia no que estava se metendo quando ficou com ele. Ela sabia perfeitamente que o que eles tinham... não duraria para sempre. Mas ele esperava que durasse o quanto fosse possível, apesar de tudo.

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